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Putin celebra Dia da Vitória na Crimeia

Essa é a primeira visita do líder à região desde que a ex-península ucraniana foi anexada por Moscou

O presidente russo, Vladimir Putin, em desfile militar na Crimeia (Mikhail Klimentyev/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2014 às 21h43.

Sebastopol - O presidente russo, Vladimir Putin , foi à Crimeia nesta sexta-feira para os desfiles que marcam o Dia da Vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, sua primeira visita à região desde que a ex-península ucraniana foi anexada por Moscou, e disse que a incorporação do território tornou a Rússia mais forte.

No leste ucraniano, onde rebeldes pró-Rússia planejam um referendo no domingo para seguir o exemplo da Crimeia e se separar da Ucrânia, pelo menos sete pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em um combate caótico no centro da cidade portuária de Mariupol.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, condenou a visita de Putin à Crimeia, cuja anexação em março não foi reconhecida por potências ocidentais. Ele também questionou informações sobre uma declaração do Kremlin de que havia retirado tropas da região de fronteira.

O governo em Kiev, rotulado de fascista por Moscou, definiu a visita de Putin à Crimeia como uma "provocação" cuja intenção era deliberadamente agravar a crise.

Mais cedo nesta sexta-feira, Putin presidiu a maior celebração do Dia da Vitória que Moscou realizou nos últimos anos. Os tanques, aeronaves e mísseis balísticos intercontinentais foram um lembrete ao mundo - e a eleitores russos - da determinação de Putin de reviver o poderio mundial de Moscou, 23 anos após o colapso da União Soviética.

"A vontade ferrenha do povo soviético, seu destemor e resistência salvaram a Europa da escravidão", disse Putin em um discurso a militares e veteranos de guerra reunidos na Praça Vermelha.

Este ano também é o 70º aniversário da batalha na qual o Exército Vermelho retomou o controle da península, situada do Mar Negro, que estava sob ocupação dos nazistas.

Rasmussen, da Otan, classificou a viagem como "inapropriada", enquanto os Estados Unidos consideraram a visita do presidente russo à Crimeia uma provocação e reafirmaram sua rejeição à anexação da península do Mar Negro pela Rússia.

"Esta viagem é provocativa e desnecessária. A Crimeia pertence à Ucrânia e, claro, não reconhecemos as medidas ilegais e ilegítimas da Rússia nesse assunto", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, a repórteres em sua coletiva de imprensa diária.

A União Europeia afirmou que Putin não deveria ter usado a comemoração da Segunda Guerra Mundial para reforçar a anexação do território ucraniano.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, no cargo desde que protestos populares derrubaram o presidente eleito apoiado pelo Kremlin em fevereiro, rejeita as alegações russas de que o seu poder é o resultado de um golpe de Estado financiado por nacionalistas ucranianos neonazistas.

"Sessenta e nove anos atrás, nós, juntamente com a Rússia, lutamos contra o fascismo e vencemos", disse ele depois de um culto na igreja pelo Dia da Vitória na capital. Agora, acrescentou, "a história se repete, mas de uma forma diferente".

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Sebastopol - O presidente russo, Vladimir Putin , foi à Crimeia nesta sexta-feira para os desfiles que marcam o Dia da Vitória soviética na Segunda Guerra Mundial, sua primeira visita à região desde que a ex-península ucraniana foi anexada por Moscou, e disse que a incorporação do território tornou a Rússia mais forte.

No leste ucraniano, onde rebeldes pró-Rússia planejam um referendo no domingo para seguir o exemplo da Crimeia e se separar da Ucrânia, pelo menos sete pessoas foram mortas e dezenas ficaram feridas em um combate caótico no centro da cidade portuária de Mariupol.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, condenou a visita de Putin à Crimeia, cuja anexação em março não foi reconhecida por potências ocidentais. Ele também questionou informações sobre uma declaração do Kremlin de que havia retirado tropas da região de fronteira.

O governo em Kiev, rotulado de fascista por Moscou, definiu a visita de Putin à Crimeia como uma "provocação" cuja intenção era deliberadamente agravar a crise.

Mais cedo nesta sexta-feira, Putin presidiu a maior celebração do Dia da Vitória que Moscou realizou nos últimos anos. Os tanques, aeronaves e mísseis balísticos intercontinentais foram um lembrete ao mundo - e a eleitores russos - da determinação de Putin de reviver o poderio mundial de Moscou, 23 anos após o colapso da União Soviética.

"A vontade ferrenha do povo soviético, seu destemor e resistência salvaram a Europa da escravidão", disse Putin em um discurso a militares e veteranos de guerra reunidos na Praça Vermelha.

Este ano também é o 70º aniversário da batalha na qual o Exército Vermelho retomou o controle da península, situada do Mar Negro, que estava sob ocupação dos nazistas.

Rasmussen, da Otan, classificou a viagem como "inapropriada", enquanto os Estados Unidos consideraram a visita do presidente russo à Crimeia uma provocação e reafirmaram sua rejeição à anexação da península do Mar Negro pela Rússia.

"Esta viagem é provocativa e desnecessária. A Crimeia pertence à Ucrânia e, claro, não reconhecemos as medidas ilegais e ilegítimas da Rússia nesse assunto", disse a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki, a repórteres em sua coletiva de imprensa diária.

A União Europeia afirmou que Putin não deveria ter usado a comemoração da Segunda Guerra Mundial para reforçar a anexação do território ucraniano.

O primeiro-ministro ucraniano, Arseny Yatseniuk, no cargo desde que protestos populares derrubaram o presidente eleito apoiado pelo Kremlin em fevereiro, rejeita as alegações russas de que o seu poder é o resultado de um golpe de Estado financiado por nacionalistas ucranianos neonazistas.

"Sessenta e nove anos atrás, nós, juntamente com a Rússia, lutamos contra o fascismo e vencemos", disse ele depois de um culto na igreja pelo Dia da Vitória na capital. Agora, acrescentou, "a história se repete, mas de uma forma diferente".

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