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Putin assina lei que criminaliza negação de crimes nazistas

Lei torna a negação de crimes nazistas e a distorção do papel da União Soviética na Segunda Guerra crimes puníveis com até 5 anos de prisão

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, discursa durante uma cerimônia no Kremlin, em Moscou (Alexei Nikolskiy/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 17h44.

Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin , assinou nesta segunda-feira uma lei que torna a negação de crimes nazistas e a distorção do papel da União Soviética na Segunda Guerra Mundial crimes puníveis com até cinco anos de prisão.

A lei, descrita por críticos como uma tentativa de conter a liberdade de expressão para apaziguar os conservadores russos, maior base de apoio do ex-espião da KGB, também criminaliza a profanação pública de memoriais de guerra.

O Kremlin tem usado a Segunda Guerra Mundial como pilar para unir uma sociedade que Putin disse ter perdido suas balizas morais após o colapso soviético em 1991.

Tornou-se cada vez mais arriscado para os russos discutir uma política oficial que glorifica os feitos da liderança soviética nos tempos da guerra e minimiza os seus erros.

A nova lei proíbe "espalhar propositalmente informação falsa sobre a atividade da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) durante os anos da Segunda Guerra Mundial".

Autoridades russas e a mídia ressuscitaram o espectro da Alemanha nazista repetidamente durante a confrontação de Moscou com o Ocidente por causa da Ucrânia, chamando a derrubada do presidente ucraniano e aliado russo em fevereiro de golpe levado a cabo em parte por forças "neonazistas".

O canal de TV independente Dozhd (TV Chuva) foi tirado do ar no começo deste ano depois de perguntar aos telespectadores se Leningrado, agora São Petersburgo, deveria ter sido entregue às tropas alemãs para salvar vidas durante o cerco de 872 dias que sofreu durante a Segunda Guerra Mundial.

Os críticos do Kremlin dizem que Putin, no poder desde 2000, tem usado a legislação, casos de tribunal e outras alavancas para aumentar o controle durante seu mandato atual, que ele conquistou apesar dos grandes protestos da oposição em 2011 e 2012. Putin nega as acusações.

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A lei, descrita por críticos como uma tentativa de conter a liberdade de expressão para apaziguar os conservadores russos, maior base de apoio do ex-espião da KGB, também criminaliza a profanação pública de memoriais de guerra.

O Kremlin tem usado a Segunda Guerra Mundial como pilar para unir uma sociedade que Putin disse ter perdido suas balizas morais após o colapso soviético em 1991.

Tornou-se cada vez mais arriscado para os russos discutir uma política oficial que glorifica os feitos da liderança soviética nos tempos da guerra e minimiza os seus erros.

A nova lei proíbe "espalhar propositalmente informação falsa sobre a atividade da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) durante os anos da Segunda Guerra Mundial".

Autoridades russas e a mídia ressuscitaram o espectro da Alemanha nazista repetidamente durante a confrontação de Moscou com o Ocidente por causa da Ucrânia, chamando a derrubada do presidente ucraniano e aliado russo em fevereiro de golpe levado a cabo em parte por forças "neonazistas".

O canal de TV independente Dozhd (TV Chuva) foi tirado do ar no começo deste ano depois de perguntar aos telespectadores se Leningrado, agora São Petersburgo, deveria ter sido entregue às tropas alemãs para salvar vidas durante o cerco de 872 dias que sofreu durante a Segunda Guerra Mundial.

Os críticos do Kremlin dizem que Putin, no poder desde 2000, tem usado a legislação, casos de tribunal e outras alavancas para aumentar o controle durante seu mandato atual, que ele conquistou apesar dos grandes protestos da oposição em 2011 e 2012. Putin nega as acusações.

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