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Putin anuncia cessar-fogo na Ucrânia

O acordo para o cessar-fogo é um dos pontos do documento aprovado pelos líderes após 15 horas de árduas negociações,


	Vladimir Putin: "as autoridades de Kiev até agora se negam a manter contatos diretos com os representantes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk", criticou
 (Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)

Vladimir Putin: "as autoridades de Kiev até agora se negam a manter contatos diretos com os representantes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk", criticou (Alexei Nikolsky/RIA Novosti/Kremlin/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 12 de fevereiro de 2015 às 07h14.

Minsk - O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou nesta quinta-feira que foi acertado um cessar-fogo no leste da Ucrânia entre 0h do dia 15 de fevereiro (19h em Brasília do dia 14).

"Chegamos a um acordo sobre o importante", disse Putin, que falou somente para jornalistas na cúpula de Minsk, na qual participaram também os líderes de Ucrânia, Alemanha e França.

O acordo para o cessar-fogo é um dos pontos do documento aprovado pelos líderes após 15 horas de árduas negociações, e que, segundo Putin, contempla um pacote de medidas para a aplicação dos acordos de Minsk assinados em setembro de 2014.

Putin explicou que a demora na conclusão das negociações de Minsk foi porque as autoridades de Kiev se negam a manter contatos diretos com os separatistas pró-Rússia do leste do país.

"Por certo, é preciso dizer que o acordo foi tão longo para ser obtido porque, infelizmente, as autoridades de Kiev até agora se negam a manter contatos diretos com os representantes das repúblicas populares de Donetsk e Lugansk", assinalou.

"Apesar de não serem reconhecidas, é preciso partir da vida real, e se querem conseguir um acordo durável e construir relações é preciso manter contatos diretos", acrescentou Putin.

No entanto, o documento foi assinado pelos separatistas no Grupo de Contato para a Ucrânia, que é o único formato negociador no qual participam.

O líder do Kremlin também disse que o acordo contempla a retirada do armamento pesado da atual linha na qual estão as tropas ucranianas e das posições que ocupavam os rebeldes no momento dos acordos de Minsk (de setembro).

Desde então, os pró-Rússia ganharam centenas de quilômetros quadrados de terreno, por isso que a região sem armamento pesado será mais ampla do que foi então acertado.

"Partimos do pressuposto de que todas as partes do conflito ucraniano vão manifestar contenção até a cessação total das hostilidades", ressaltou Putin. 

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