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Putin afirma a Scholz que é 'inevitável' atacar infraestruturas na Ucrânia

Scholz pediu a Putin que retire suas tropas da Ucrânia para alcançar uma "solução diplomática".

De acordo com Putin, a Ucrânia é responsável pelas explosões que destruíram parcialmente a ponte russa da Crimeia (Contributor/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de dezembro de 2022 às 10h21.

O presidente russo, Vladimir Putin , disse ao chefe de Governo alemão, Olaf Scholz, nesta sexta-feira (2) que os ataques maciços da Rússia às infraestruturas de energia da Ucrânia são "necessários e inevitáveis" e denunciou a postura "destrutiva" do Ocidente em apoiar o governo ucraniano.

"Foi destacado que as Forças Armadas russas evitaram por muito tempo ataques com mísseis de alta precisão contra certos alvos na Ucrânia, mas tais medidas se tornaram necessárias e inevitáveis diante dos ataques provocadores de Kiev", afirmou o Kremlin em nota, em um resumo das declarações de Putin a Scholz após sua primeira conversa desde setembro.

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Scholz pediu a Putin que retire suas tropas da Ucrânia para alcançar uma "solução diplomática".

Durante a conversa telefônica de uma hora entre os dois líderes, Scholz "pediu ao presidente russo que encontre uma solução diplomática o mais rápido possível, o que envolve a retirada das tropas russas", disse o porta-voz do governo, Steffen Hebestreit, em nota.

De acordo com Putin, a Ucrânia é responsável pelas explosões que destruíram parcialmente a ponte russa da Crimeia e as instalações de energia russas e, portanto, Moscou tem o direito de bombardear as infraestrutura energéticas da Ucrânia, deixando milhões de civis sem luz e sem aquecimento.

Para Putin, a posição do Ocidente é "destrutiva", já que com o apoio político, financeiro e militar do Ocidente, "Kiev rejeita a ideia de qualquer negociação" e "incita os ucranianos nacionalistas radicais a cometerem crimes sangrentos".

O presidente russo também pediu a Scholz que "revise sua posição no contexto dos eventos ucranianos".

A Ucrânia rejeita qualquer negociação com Putin se a sua integridade territorial, incluindo a Crimeia, não for respeitada.

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