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Putin acusa Europa de ignorar ações de Kiev contra civis

"O exército ucraniano ataca diretamente bairros habitados", disse Putin, "e, infelizmente, muitos países, inclusive na Europa, preferem ignorar"

Soldado ucraniano: "o objetivo das forças rebeldes é provocar o recuo das forças armadas (ucranianas), para que não possam atirar contra áreas residenciais", disse Putin (Maks Levin/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 08h25.

O presidente russo , Vladimir Putin , acusou nesta segunda-feira os europeus de fechar os olhos para as ações militares das forças ucranianas contra áreas civis no leste da ex-república soviética.

"O exército ucraniano ataca diretamente bairros habitados", disse Putin em um discurso exibido na televisão. "E, infelizmente, muitos países, inclusive na Europa, preferem ignorar", denunciou.

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"O objetivo das forças rebeldes é provocar o recuo das forças armadas (ucranianas) e da artilharia, para que não possam atirar contra áreas residenciais", disse.

O presidente russo apelou várias vezes a Kiev e aos separatistas pró-Moscou do leste da Ucrânia para que iniciem negociações "substanciais" com o objetivo de acabar com o conflito, que começou em abril.

Representantes de Kiev, Moscou e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) se reúnem nesta segunda-feira em Minsk para um encontro do Grupo de Contato, mas não foi possível confirmar a presença dos separatistas.

"Agora, na minha opinião, está começando um processo muito importante, o processo de conversações diretas", disse Putin, sem apresentar detalhes.

A reunião do Grupo de Contato sobre a Ucrânia de Minsk deveria abordar o início de um cessar-fogo imediato e incondicional no país, afirmou o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov.

"Confio muito nas negociações previstas para hoje, centradas antes de mais nada na forma de obter um cessar-fogo imediato e incondicional", disse Lavrov.

O ministro também descartou uma intervenção militar russa na Ucrânia. "Somos favoráveis a uma solução exclusivamente pacífica desta grave crise, desta tragédia", afirmou.

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