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Putin acusa EUA de tentar "prolongar" o conflito na Ucrânia e "desestabilizar" o mundo

É uma demonstração insolente de sua falta de respeito pela soberania de outros países e suas obrigações internacionais", afirmou Putin

Vladimir Putin fala durante a cerimônia de abertura do Fórum Técnico Militar Internacional 'Exército 2022' (Contributor/Getty Images)
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AFP

Publicado em 16 de agosto de 2022 às 10h00.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin , acusou nesta terça-feira (16) os Estados Unidos de buscar "prolongar" o conflito ucraniano e "desestabilizar" o mundo com a recente visita a Taiwan da presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi.

"A situação na Ucrânia demonstra que os Estados Unidos estão tentando prolongar este conflito. E atuam da mesma forma, instigando o potencial conflito na Ásia, na África, na América Latina", declarou Putin em um discurso na Conferência Internacional de Segurança em Moscou.

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"A aventura americana em Taiwan não é simplesmente uma viagem de uma política irresponsável, é parte de uma estratégia internacional consciente para desestabilizar e tornar caótica a situação na região e no mundo", acrescentou.

"É uma demonstração insolente de sua falta de respeito pela soberania de outros países e suas obrigações internacionais", afirmou Putin, que criticou uma "provocação cuidadosamente preparada".

As relações entre Estados Unidos e Rússia, que está em uma ofensiva na Ucrânia desde 24 de fevereiro e critica o fornecimento de armas de Washington a Kiev, estão em um período de elevada tensão.

Objeto de duras sanções ocidentais por este conflito, a Rússia tenta reforçar as relações com os países da África e Ásia, em particular com a China.

Moscou já chamou de "provocação" a visita do início de agosto de Pelosi a Taiwan, que provocou a revolta da China, e considerou que Pequim tem o direito de tomar as "medidas necessárias para proteger sua soberania".

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