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Protestos no Egito causam baixa no turismo

Os principais pontos turísticos do país, as pirâmides e a Esfinge, foram fechados para evitar saques; setor é a principal fonte de renda do Egito

Pirâmides do Egito: atração foi fechada devido aos protestos (Ricardo Liberato/Wikimedia Commons)

Pirâmides do Egito: atração foi fechada devido aos protestos (Ricardo Liberato/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2013 às 09h34.

Brasília – A principal fonte de renda no Egito está ameaçada pela onda de protestos contra o governo do presidente egípcio, Hosni Mubarak. Guias turísticos que trabalham com grupos interessados em visitar as pirâmides e demais monumentos, ao redor da capital Cairo, reclamam que os turistas desapareceram. Sem estimar os prejuízos, os guias afirmam apenas que antes o local estava permanentemente lotado, mas agora não surge turista algum.

A área onde estão os principais monumentos do Egito, como as pirâmides, a Esfinge e o Museu Histórico do Egito, está fechada. As autoridades afirmam que houve tentativas de furto no local e por medida de segurança o acesso foi proibido até que o país volte à normalidade.

“Antes de começarem [os protestos], vinham dezenas de milhares de pessoas todos os dias para ver as pirâmides. Era um negócio bom, agora não aparece nem um turista”, lamentou o guia turístico Abdeilnabi. “Os turistas não vêm mais porque as pirâmides estão fechadas.”

Em seguida, o profissional reclamou: “Quem ganha a vida com isso não tem dinheiro para comer, para alimentar os cavalos nem os dromedários que estão quase morrendo de fome”.

Na região de Nazlet Al-Sanam, tudo gira em torno do turismo histórico, como levar turistas em passeios de dromedários e cavalo no trecho de deserto que cerca as pirâmides. O local fica a 25 quilômetros da Praça Tahrir onde ocorrem as manifestações.

Os cavalos e dromedários de Abdelnabi e dos vizinhos estão quase todos amarrados à sombra e próximos aos restos de animais mortos. “Há duas semanas que estamos assim, já morreram 20 ou 30 cavalos e quatro ou cinco dromedários porque não temos comida para dar para eles”, afirmou Abdeilnabi.

Para o guia, apesar dos casos de mortos, feridos e até dos prejuízos, os protestos deixam um saldo positivo para o país. “Foi muito bom estarem na Praça Tahrir para conseguirem mudanças no regime. Mubarak foi bom durante 30 anos mas agora também vai ser bom haver mudança. Quando saírem de lá, os turistas vão voltar. Pode demorar alguns meses, mas as pessoas vão querer voltar ao Egito para ver as pirâmides”, afirmou.

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