Protesto proibido em Hong Kong tem confronto entre polícia e manifestantes
Polícia local chegou a usar bombas de gás lacrimogênio para conter a manifestação
AFP
Publicado em 27 de julho de 2019 às 09h47.
Última atualização em 27 de julho de 2019 às 09h54.
HONG KONG – A polícia de Hong Kong lançou bombas de gás lacrimogêneo neste sábado (27) contra manifestantes em um protesto proibido em Yuen Long, perto da fronteira com a China , onde ativistas pró-democracia foram atacados por supostos membros de gangues na semana passada.
Várias emissoras de televisão transmitiram imagens que mostram os agentes lançarem bombas de gás contra uma multidão em Yuen Long, depois de momentos de tensão, em que alguns manifestantes que jogaram objetos na polícia e cercaram uma viatura.
O desconforto se disseminou na população desde que, no último domingo, homens vestindo camisetas brancas, armados com bastões, espancaram manifestantes opositores que voltavam para casa após um protesto, em uma estação e em um vagão do metrô em Yuen Long. Segundo os hospitais, 45 pessoas ficaram feridas.
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A polícia, muito criticada por sua lentidão na atuação, informou a prisão de 12 pessoas ligadas a atos violentos, nove das quais ligadas a gangues.
Neste sábado, foi convocado um protesto neste local contra o ataque de domingo, mas a polícia decidiu proibi-lo - algo incomum - alegando que havia o risco de que os manifestantes atacassem os moradores locais.
No entanto, a população de Hong Kong decidiu ignorar as autoridades e seguiu adiante com a organização do protesto.
A marcha começou pacificamente. Mas pequenos grupos de manifestantes radicais, muitos com capacetes e escudos, confrontaram as autoridades, acusadas de apoiar as gangues.
A tensão aumentou rapidamente quando alguns manifestantes jogaram objetos nos agentes e picharam uma van da polícia.
A polícia respondeu jogando gás lacrimogêneo contra a multidão e ocorreram confrontos entre manifestantes e forças de segurança.