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Professores e bebê morrem vítimas da violência na Tailândia

As vítimas foram mortas a tiros em ataques separados contra uma loja de chá e uma escola no sul do país

Tailandês carrega em 11 de dezembro o corpo de uma menina de 11 meses morta em um ataque a uma loja de chá em Narathiwat
 (Madaree Tohlala/AFP)

Tailandês carrega em 11 de dezembro o corpo de uma menina de 11 meses morta em um ataque a uma loja de chá em Narathiwat (Madaree Tohlala/AFP)

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Da Redação

Publicado em 11 de dezembro de 2012 às 11h30.

Bangcoc - Seis pessoas, incluindo uma menina de um ano de idade e dois professores, foram mortas a tiros em ataques separados contra uma loja de chá e uma escola no sul da Tailândia, informou a polícia.

Atiradores atacaram moradores enquanto tomavam café da manhã em uma loja de chá em Narathiwat, uma das três províncias do sul que sofrem com quase nove anos de conflitos, matando a criança, uma mulher de 25 anos e dois homens de 37 e 70 anos.

Outras quatro pessoas ficaram feridas no tiroteio, incluindo um menino de 10 meses.

"Encontramos 62 balas disparadas na cena do crime", afirmou o chefe de polícia, capitão Boonsak Numad, à AFP, acrescentando que pensam que ao menos três pessoas estão por trás do crime.

Em um segundo ataque nesta terça-feira, a diretora de uma escola e um professor foram baleados e mortos enquanto almoçavam no refeitório para funcionários de uma escola de Pattani, o último ataque registrado tendo educadores como alvo.

A polícia afirmou que o grupo de ao menos seis atiradores roubou um veículo escolar para fugir.

Centenas de escolas em Pattani e Narathiwat fecharam brevemente nas últimas semanas para protestar pelos riscos enfrentados pelos educadores, depois que mais de 150 deles morreram pelas ações da insurgência.

Os militantes veem o sistema escolar como um esforço feito por Bangcoc para impor a cultura budista no sul de maioria muçulmana. Professores que trabalham em escolas não religiosas são alvos frequentes porque são vistos como um símbolo da autoridade do governo.

A violência no sul da Tailândia já deixou mais de 5.300 mortos, tanto budistas quanto muçulmanos, desde que voltou a ocorrer, em 2004, com bombardeios ou ataques quase diários.

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