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Primeiro-ministro italiano deve entregar renúncia na sexta-feira

Ministro do Interior, Angelino Alfano, chefe de um pequeno grupo de centro-direita, afirmou que novas eleições devem acontecer em fevereiro

Matteo Renzi havia prometido renunciar na manhã de segunda-feira, após sofrer derrota em um referendo (Getty Images)

Matteo Renzi havia prometido renunciar na manhã de segunda-feira, após sofrer derrota em um referendo (Getty Images)

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Reuters

Publicado em 7 de dezembro de 2016 às 11h55.

Roma - O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, entregará a renúncia na sexta-feira, disse uma fonte do Parlamento, enquanto o presidente Sergio Mattarella busca controlar uma crise política em andamento.

Renzi prometeu renunciar na manhã de segunda-feira, após sofrer derrota em um referendo, mas Mattarella, cujos poderes incluem nomear o premiê e dissolver o Parlamento, pediu que ele ficasse até a aprovação do orçamento de 2017, o que ocorreu em uma votação parlamentar nesta quarta-feira.

A razão para a renúncia de Renzi ter sido adiada até sexta-feira não ficou clara, mas Mattarella quer que o Parlamento apresente um novo projeto de lei eleitoral antes da realização de qualquer nova eleição, segundo uma fonte próxima ao presidente. Tal medida deve adiar qualquer votação até pelo menos março de 2017.

A Itália não tem eleições parlamentares antes de 2018, mas há um consenso crescente entre os líderes do partido para que sejam realizadas um ano antes.

O ministro do Interior, Angelino Alfano, chefe de um pequeno grupo de centro-direita, afirmou que deve acontecer em fevereiro.

Enquanto isso, a Itália ainda busca um jeito de sustentar seus bancos carregados de dívidas, especialmente o Monte dei Paschi di Siena, seu terceiro maior credor, o que pode exigir envolvimento do governo.

Ainda nesta quarta-feira, os altos executivos do Partido Democrata, de Renzi, se reunirão para elaborar uma estratégia. Renzi ainda é líder do partido, que tem o maior número de parlamentares, por isso é improvável que qualquer novo governo seja formado sem o seu apoio.

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