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Primeiro-ministro da França, de centro-direita, diz que deixará o cargo na segunda-feira

A decisão foi anunciada pouco depois da divulgação das projeções iniciais das eleições legislativas no país

Primeiro-ministro da França: Gabriel Attal. (Chesnot/Getty Images)

Publicado em 7 de julho de 2024 às 16h55.

Última atualização em 7 de julho de 2024 às 17h03.

O primeiro-ministro da França, Gabriel Attal , anunciou, na tarde deste domingo, 7, que deixará o cargo na segunda-feira. A decisão foi anunciada pouco depois da divulgação das projeções iniciais das eleições legislativas no país.

Segundo as projeções, a Nova Frente Popular, de esquerda, deve ter entre 172 e 192 cadeiras na Assembleia Nacional, enquanto a aliança Juntos, de Emmanuel Macron, terá entre 150 e 170 cadeiras. O Reagrupamento Nacional, que esperava ter a maioria absoluta após o bom desempenho no primeiro turno, ficará com entre 132 e 152 — o número inclui membros do partido O Republicanos que seguiram o pedido do contestado presidente da sigla, Eric Ciotti, para unirem forças com a extrema direita. O partido, por si só, terá entre 57 e 67 cadeiras, apontam as projeções.

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Após projeções iniciais, Jean-Luc Mélenchon, líder do partido A França Insubmissa, disse que esquerda estava pronta para governar e pediu a saída do premier.

Aliança contra a extrema direita

A aliança Nova Frente Popular (NFP) se formou após os resultados do primeiro turno, unindo numa coalizão de partidos de esquerda e centro-direita, que teceram mais de 200 pactos locais implícitos. Foi uma resposta para impedir uma vitória esmagadora de Le Pen e seus aliados, que se saíram melhor no primeiro turno.

As legislativas foram convocadas pelo presidente Emmanuel Macron após os resultados das eleições europeias em 9 junho, quando a extrema direita saiu vitoriosa.

"Saúdo a todos que aceitaram ser candidatos e retirar suas candidaturas e se mobilizaram porta a porta para conseguir arrancar um resultado que parecia ser impossível. Essa noite o Reagrupamento Nacional está longe de ter a maioria absoluta, é um imenso alívio", afirmou, em discurso , Jean-Luc Mélenchon, do partido A França Insubmissa, que integra a coalizão.

"Esta noite tudo começa", diz líder da extrema-direita

Em seu discurso após os primeiros números, Jordan Bardella, líder do RN, chamou a aliança entre partidos de esquerda e centro de "alinça da desonra".

"Infelizmente, a aliança da desonra e os arranjos eleitorais feitos por Emmanuel Macron e Gabriel Attal com a extrema esquerda privam os eleitores de um governo RN", declarou Bardella, em um ataque contra a frente republicana que levou a desistências à esquerda, ao centro e à direita para evitar a chegada da extrema direita ao poder. Segundo ele, "esses acordos eleitorais jogam a França nos braços de Mélenchon". (Com Agência O Globo).

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