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Pressão sobre dívida portuguesa cresce e ultrapassa máxima histórica

Os juros que penalizam a dívida do país voltaram a crescer nesta segunda-feira em todos os prazos

Com a alta, a diferença entre o bônus português e o alemão, usado como referência, é mais pronunciada
 (Marcel Salim/EXAME.com)

Com a alta, a diferença entre o bônus português e o alemão, usado como referência, é mais pronunciada (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2011 às 10h27.

Lisboa - Os juros que penalizam a dívida de Portugal voltaram a crescer nesta segunda-feira em todos os prazos até ultrapassar a máxima histórica registrada na semana passada, o que aumenta ainda mais a distância que separa o país do bônus alemão.

A pressão dos mercados sobre os títulos de dívida dos países periféricos da Europa se aumentou nesta segunda-feira mais uma vez, no dia em que os ministros de Economia da UE se reúnem em Bruxelas para avaliar o segundo resgate à Grécia.

No caso das obrigações portuguesas, a desconfiança dos investidores elevou os juros de forma significativa, especialmente nos títulos a 10 anos, que estava cotados a 13,35%.

Isto supõe um aumento de 42,5 pontos base com relação à sexta-feira e marca um novo recorde desde a entrada em vigor do euro.

Com sua alta, a diferença entre o bônus português e o alemão é mais pronunciada, já que as obrigações germânicas a 10 anos - utilizadas como valor de referência - se compravam e vendiam a um juro de 2,75%, quase cinco vezes menos que os portugueses.

A penalização sobre os títulos lusos era ainda maior a prazos mais curtos, com a dívida a cinco anos a 17,31% (32 pontos base acima da sexta-feira) e a dois anos a 17,86% (ou seja, um aumento de 36 pontos base).

Nos dois casos, os juros voltaram a bater um novo recorde histórico, alcançado há menos de uma semana.

A alta na qual se viram envolvidas as obrigações portuguesas se produz depois que Moody's anunciasse, na terça-feira passada, que diminuiria a qualificação da dívida de Portugal até "Ba2", nível considerado já como "bônus lixo" e que designa investimentos de alto risco pouco recomendáveis.

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