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Preso palestino encerra greve de fome após ser libertado

Allan está acompanhado em seu quarto por membros de sua família e passou a ser um paciente a mais do hospital, sem vigilância de segurança

Mulher protesta pela liberdade de Mohamed Allan: A Suprema Corte decidiu suspender a ordem de detenção administrativa após ser comprovado que o réu tinha sofrido danos cerebrais (Reuters/ Mohamad Torokman)
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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2015 às 15h03.

Jerusalém - O palestino Mohammed Allan, que fez uma greve de fome durante 64 dias em protesto por sua detenção por Israel sem acusações nem julgamento desde novembro, e que estava em coma induzido desde quarta-feira, recuperou a consciência e abandonou seu protesto, após saber da decisão judicial que o deixa em liberdade.

"Hoje recuperou a consciência e começou a falar. Quando explicaram a situação aceitou abandonar a greve e começar a se alimentar", explicou Yassin Deih, ativista pelos direitos dos presos que acompanhou a família de Allan estes dias no hospital Barzilai, na cidade israelense de Ashkelon.

Fontes do Clube de Prisioneiros palestinos confirmaram que Allan está acompanhado em seu quarto por membros de sua família e passou a ser um paciente a mais do hospital, sem vigilância de segurança.

A equipe médica que o atende induziu o coma na tarde da quarta -feira, por sua saúde estar muito fragilizada.

A Suprema Corte decidiu suspender a ordem de detenção administrativa após ser comprovado medicamente que o réu tinha sofrido danos cerebrais devido a sua recusa em ingerir alimentos há mais de dois meses.

A decisão, assinalou o promotor do Estado, Yochi Gansin, é condicionada à comprovação médica de que os danos são irreversíveis e o impedirão retornar a atividades perigosas para Israel.

O país não apresentou uma acusação formal de nenhum crime, nem informou ao preso ou aos seus advogados as provas contra ele, por não ter obrigação de fazê-lo na denominada detenção administrativa, que permite a prisão sem julgamento nem acusação durante seis meses prorrogáveis indefinidamente.

Segundo os advogados de Allan, as autoridades israelenses tinham oferecido a ele um acordo colocá-lo em liberdade em 3 de novembro, quando concluiria o prazo de prisão de seis meses, o que ele rejeitou.

Alán, advogado de 31 anos da província de Nablus e suspeito de ser membro da Jihad Islâmica, iniciou sua greve de fome em 16 de junho, e seu caso gerou uma polêmica ética em Israel, por ser o primeiro após a aprovação, no final de julho, de uma controvertida lei que legaliza a alimentação forçada para presos em greve.

A comunidade médica do país tachou essa medida de "tortura" e convocou os médicos a descumprirem a norma.

Na última semana os médicos proporcionaram a Alán soro, vitaminas e água via intravenosa, mas respeitaram sua vontade de não ser alimentado à força.

O serviço de notícias israelense "Ynet" informou hoje que o exército desdobrou o sistema antimísseis Domo de Ferro na região de Ashdod, nas imediações de Gaza, por temer que reinicie o lançamento de foguetes caso Allan morra, uma informação que uma porta-voz militar se recusou a confirmar à Agência Efe.

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Jerusalém - O palestino Mohammed Allan, que fez uma greve de fome durante 64 dias em protesto por sua detenção por Israel sem acusações nem julgamento desde novembro, e que estava em coma induzido desde quarta-feira, recuperou a consciência e abandonou seu protesto, após saber da decisão judicial que o deixa em liberdade.

"Hoje recuperou a consciência e começou a falar. Quando explicaram a situação aceitou abandonar a greve e começar a se alimentar", explicou Yassin Deih, ativista pelos direitos dos presos que acompanhou a família de Allan estes dias no hospital Barzilai, na cidade israelense de Ashkelon.

Fontes do Clube de Prisioneiros palestinos confirmaram que Allan está acompanhado em seu quarto por membros de sua família e passou a ser um paciente a mais do hospital, sem vigilância de segurança.

A equipe médica que o atende induziu o coma na tarde da quarta -feira, por sua saúde estar muito fragilizada.

A Suprema Corte decidiu suspender a ordem de detenção administrativa após ser comprovado medicamente que o réu tinha sofrido danos cerebrais devido a sua recusa em ingerir alimentos há mais de dois meses.

A decisão, assinalou o promotor do Estado, Yochi Gansin, é condicionada à comprovação médica de que os danos são irreversíveis e o impedirão retornar a atividades perigosas para Israel.

O país não apresentou uma acusação formal de nenhum crime, nem informou ao preso ou aos seus advogados as provas contra ele, por não ter obrigação de fazê-lo na denominada detenção administrativa, que permite a prisão sem julgamento nem acusação durante seis meses prorrogáveis indefinidamente.

Segundo os advogados de Allan, as autoridades israelenses tinham oferecido a ele um acordo colocá-lo em liberdade em 3 de novembro, quando concluiria o prazo de prisão de seis meses, o que ele rejeitou.

Alán, advogado de 31 anos da província de Nablus e suspeito de ser membro da Jihad Islâmica, iniciou sua greve de fome em 16 de junho, e seu caso gerou uma polêmica ética em Israel, por ser o primeiro após a aprovação, no final de julho, de uma controvertida lei que legaliza a alimentação forçada para presos em greve.

A comunidade médica do país tachou essa medida de "tortura" e convocou os médicos a descumprirem a norma.

Na última semana os médicos proporcionaram a Alán soro, vitaminas e água via intravenosa, mas respeitaram sua vontade de não ser alimentado à força.

O serviço de notícias israelense "Ynet" informou hoje que o exército desdobrou o sistema antimísseis Domo de Ferro na região de Ashdod, nas imediações de Gaza, por temer que reinicie o lançamento de foguetes caso Allan morra, uma informação que uma porta-voz militar se recusou a confirmar à Agência Efe.

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