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Presidente sul-coreana pede perdão e deixa o cargo

Park Geun-hye pediu desculpas aos cidadãos, em discurso, e passou o poder ao primeiro-ministro Hwang Kyo-ahn

Park Geun-hye: ela pediu ao primeiro-ministro e equipe que trabalhem pela economia e segurança do país

Park Geun-hye: ela pediu ao primeiro-ministro e equipe que trabalhem pela economia e segurança do país

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EFE

Publicado em 9 de dezembro de 2016 às 08h24.

Última atualização em 9 de dezembro de 2016 às 08h37.

Seul - A presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, se desculpou nesta sexta-feira aos cidadãos em discurso televisionado após entregar todos seus poderes ao primeiro-ministro, Hwang Kyo-ahn, depois que o Parlamento aprovou sua cassação por causa de seu envolvimento em um escândalo com uma de suas assessoras, conhecida como "Rasputina".

Park afirmou que "leva a sério as vozes da Assembleia Nacional e do povo" no discurso feito após uma reunião com seu gabinete, apenas uma hora depois de o Parlamento votar "sim" pela cassação por maioria arrasadora.

Ela também pediu aos ministros e ao novo líder provisório do país para "fazer todo o possível para minimizar os vazios no governo, especialmente nos âmbitos de economia e segurança", até que o Tribunal Constitucional dê o veredicto final sobre sua cassação.

A Assembleia Nacional sul-coreana aprovou o processo de destituição da chefe de Governo por 234 votos a favor e 56 contra, o que a obrigou a delegar todos os assuntos de Estado ao primeiro-ministro de forma provisória.

O processo chega agora ao Tribunal Constitucional, onde pelo menos seis de seus nove juízes devem dar o sinal verde à decisão do Parlamento.

O veredicto final pode demorar 180 dias no máximo, embora se acredite que poderia estar concluído em apenas dois meses, como ocorreu no único precedente histórico de 2004.

Naquele ano o então presidente Roh Moo-hyun recuperou o poder depois que o Tribunal Constitucional invalidou o impeachment aprovado pelo Parlamento após 63 dias de deliberações.

O processo de destituição de Park acontece por causa do enorme escândalo da "Rasputina" coreana, que nas últimas semanas levou milhões de sul-coreanos às ruas em protestos maciços para pedir a saída de sua presidente.

Park foi assinalada pelos promotores como "cúmplice" de sua amiga Choi Soon-sil, que supostamente criou uma rede para arrecadar dezenas de milhões de dólares de grandes empresas do país - através de extorsão ou troca de favores - e posteriormente se apropriou de parte dos fundos.

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