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Presidente interina assume na República Centro-africana

A República Centro-africana está mergulhada no caos desde que uma coalizão rebelde de maioria muçulmana, os Seleka, derrubou o presidente François Bozizé

Catherine Samba-Panza: presidente é a 1ª mulher a assumir a presidência do país e prestou sermão ante os magistrados da Corte Constitucional (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 15h01.

Bangui - A presidente interina da República Centro-africana, Catherine Samba-Panza, que tem a missão de restaurar a paz neste país mergulhado em violências interreligiosas, assumiu o cargo nesta quinta-feira em meio a uma crise humanitária sem precedentes.

Samba-Panza, de 59 anos, primeira mulher a assumir a presidência do país, prestou sermão ante os magistrados da Corte Constitucional, durante uma cerimônia oficial na Assembleia Nacional, sede do Conselho Nacional de Transição (CNT, Parlamento provisório).

Ela substitui Michel Djotodia, que havia derrubado o regime de François Bozizé em março de 2013 à frente da coalizão rebelde Seleka, mas que foi forçado a renunciar no dia 10 de janeiro, sob pressão dos líderes da África Ocidental - apoiados pela França - por ser incapaz de parar os massacres entre cristãos e muçulmanos.

"Juro ante Deus e a Nação respeitar escrupulosamente a Carta Constitucional de transição, garantir a independência da justiça, preservar a paz (...), conservar a unidade nacional, sem nenhuma consideração de ordem étnica, religiosa ou confessional", declarou Samba-Panza.

"Sem a intervenção da força (francesa) Sangaris, não sei onde o país estaria hoje. Sou profundamente agradecida à França", afirmou durante um breve encontro com o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius.

A presidente deve nomear rapidamente seu primeiro-ministro, provavelmente até sexta-feira à noite, segundo fontes políticas e diplomáticas.


A República Centro-africana está mergulhada no caos desde que, em março de 2013, uma coalizão rebelde de maioria muçulmana, os Seleka, derrubou o presidente François Bozizé.

A violência assumiu um caráter religioso entre cristãos (80% da população) e muçulmanos.

Mais de 1.600 soldados franceses foram mobilizados há um mês no país, junto com 4.000 militares da Força Africana de Manutenção da Paz (Misca).

Para acabar com a violência, Samba-Panza espera, em primeiro lugar, "mais soldados", como explicou em uma entrevista nesta quinta-feira ao jornal francês Le Parisien.

"O número de soldados atualmente não é suficiente nem mesmo para colocar ordem em Bangui", considerou.

Para abafar o desastre humanitário que acompanha a violência na República Centro-Africana, a presidente - que também deve organizar eleições gerais até fevereiro de 2015 - deseja "mais pessoas trabalhando".

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Bangui - A presidente interina da República Centro-africana, Catherine Samba-Panza, que tem a missão de restaurar a paz neste país mergulhado em violências interreligiosas, assumiu o cargo nesta quinta-feira em meio a uma crise humanitária sem precedentes.

Samba-Panza, de 59 anos, primeira mulher a assumir a presidência do país, prestou sermão ante os magistrados da Corte Constitucional, durante uma cerimônia oficial na Assembleia Nacional, sede do Conselho Nacional de Transição (CNT, Parlamento provisório).

Ela substitui Michel Djotodia, que havia derrubado o regime de François Bozizé em março de 2013 à frente da coalizão rebelde Seleka, mas que foi forçado a renunciar no dia 10 de janeiro, sob pressão dos líderes da África Ocidental - apoiados pela França - por ser incapaz de parar os massacres entre cristãos e muçulmanos.

"Juro ante Deus e a Nação respeitar escrupulosamente a Carta Constitucional de transição, garantir a independência da justiça, preservar a paz (...), conservar a unidade nacional, sem nenhuma consideração de ordem étnica, religiosa ou confessional", declarou Samba-Panza.

"Sem a intervenção da força (francesa) Sangaris, não sei onde o país estaria hoje. Sou profundamente agradecida à França", afirmou durante um breve encontro com o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius.

A presidente deve nomear rapidamente seu primeiro-ministro, provavelmente até sexta-feira à noite, segundo fontes políticas e diplomáticas.


A República Centro-africana está mergulhada no caos desde que, em março de 2013, uma coalizão rebelde de maioria muçulmana, os Seleka, derrubou o presidente François Bozizé.

A violência assumiu um caráter religioso entre cristãos (80% da população) e muçulmanos.

Mais de 1.600 soldados franceses foram mobilizados há um mês no país, junto com 4.000 militares da Força Africana de Manutenção da Paz (Misca).

Para acabar com a violência, Samba-Panza espera, em primeiro lugar, "mais soldados", como explicou em uma entrevista nesta quinta-feira ao jornal francês Le Parisien.

"O número de soldados atualmente não é suficiente nem mesmo para colocar ordem em Bangui", considerou.

Para abafar o desastre humanitário que acompanha a violência na República Centro-Africana, a presidente - que também deve organizar eleições gerais até fevereiro de 2015 - deseja "mais pessoas trabalhando".

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