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Presidente francês defende novas sanções da UE contra a Venezuela

Falando ao lado de Macron em Paris, o presidente argentino, Mauricio Macri, disse que Caracas não é uma democracia há muito tempo

Emmanuel Macron, presidente da França (Brendan McDermid/Reuters)

Emmanuel Macron, presidente da França (Brendan McDermid/Reuters)

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Reuters

Publicado em 26 de janeiro de 2018 às 18h24.

Última atualização em 26 de janeiro de 2018 às 20h57.

Paris - O presidente francês, Emmanuel Macron, pediu nesta sexta-feira por mais sanções da União Europeia sobre a Venezuela, dias após o bloco de 28 países concordar sobre uma proibição de viagens e congelamento de ativos de sete autoridades seniores venezuelanas.

O ocidente acusa o governo do presidente Nicolás Maduro de violar democracia e direitos humanos no país produtor de petróleo, que está assolado por uma grande crise econômica e social, com milhões sofrendo com a escassez de alimentos e medicamentos.

A Suprema Corte pró-governo da Venezuela excluiu na quinta-feira a coalizão da oposição de registro para as eleições presidenciais deste ano, possivelmente derrubando os inimigos de Maduro ao pressionar os partidos políticos a apresentarem candidatos concorrentes de maneira independente.

"Tristemente, as coisas estão indo na direção errada", disse Macron em uma entrevista coletiva conjunta com o presidente da Argentina, Mauricio Macri.

"Nós teremos que ver no nível europeu se queremos novas sanções. Eu sou a favor de tê-las.... Eu quero que vamos mais longe dadas as recentes decisões e a mudança ao autoritarismo."

Na segunda-feira, a UE anunciou medidas cujos alvos eram pessoas responsáveis pelas forças de segurança acusadas de abusos generalizados, particularmente durante os protestos antigoverno em 2017.

Mais cedo nesta sexta-feira, a Espanha, apoiadora proeminente das novas sanções da UE, declarou o embaixador venezuelano em Madri 'persona non grata', após uma medida equivalente do governo de Caracas na quinta-feira.

Críticos de Maduro, que sucedeu Hugo Chávez em 2013, dizem que ele arruinou uma economia certa vez próspera, tornou a Venezuela uma ditadura e distorceu o sistema eleitoral para perpetuar o seu Partido Socialista no poder.

O governo de Maduro diz que está combatendo uma consipiração da direita liderada pelos Estados Unidos determinada a acabar com o socialismo na América Latina, travar a economia da Venezuela, e roubar sua riqueza do petróleo.

Macron pediu a outros países que tem laços econômicos mais amplos com a Venezuela que também imponham "sanções eficientes".

O presidente argentino Macri disse que Maduro continuava a "violar o sistema", apesar das pressões diplomáticas e pediu eleições livres e transparentes.

"Não é uma democracia há muito tempo", declarou Macri.

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