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Presidente filipino chama embaixador dos EUA de gay

As declarações homofóbicas foram feitas em tagalo, um dialeto das Filipinas, enquanto falava na televisão sobre o embaixador dos Estados Unidos, Philip Goldberg


	Rodrigo Duterte: o presidente filipino fez estas declarações homofóbicas na sexta-feira em tagalo, um dialeto das Filipinas
 (Erik De Castro/Reuters)

Rodrigo Duterte: o presidente filipino fez estas declarações homofóbicas na sexta-feira em tagalo, um dialeto das Filipinas (Erik De Castro/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 09h43.

O presidente filipino, Rodrigo Duterte, conhecido por sua linguagem vulgar, provocou uma nova polêmica ao chamar o embaixador dos Estados Unidos de gay.

O governo americano respondeu convocando o encarregado de negócios filipino em Washington.

Duterte, cujos modos e estilo são totalmente diferentes de seus antecessores, fez estas declarações homofóbicas na sexta-feira em tagalo, um dialeto das Filipinas, enquanto falava na televisão sobre o embaixador dos Estados Unidos, Philip Goldberg.

"Como você sabe, brigo com o embaixador (do secretário de Estado, John Kerry). Seu embaixador gay, filho da puta. Ele me irrita", disse o presidente.

O advogado de 71 anos foi eleito presidente no início de maio depois de uma campanha populista e grosseira na qual multiplicou os insultos aos seus adversários políticos e chegou inclusive a dizer que o Papa era um "filho da puta" por ter provocado um engarrafamento em Manila durante sua visita.

Nessa época teve as primeiras disputas com o embaixador Goldberg que, como embaixador da Austrália, havia criticado abertamente uma brincadeira do candidato sobre o estupro e a morte de uma religiosa australiana em 1989.

Em resposta, Duterte ameaçou romper as relações com Washington e Canberra se fosse eleito.

O departamento de Estado americano indicou que o encarregado de negócios filipino Patrick Chuasoto foi convocado na segunda-feira.

"Tivemos uma conversa", declarou a porta-voz do departamento, Elizabeth Trudeau. "Queríamos entender a razão pela qual esta declaração foi feita", acrescentou.

O porta-voz do ministério filipino das Relações Exteriores, Charles José, confirmou na sexta-feira esta entrevista, mas disse que o diplomata filipino "havia sido convidado ao departamento de Estado para falar das relações filipino-americanas em todos os seus espectros".

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