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Presidente do COI pede "revisão total do sistema antidoping"

Bach garantiu que o COI começará a mover-se neste sentido nos próximos meses para realizar uma reforma do sistema de combate ao doping

Thomas Bach: "O COI apresentará propostas no fórum olímpico de outubro deste ano" (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2016 às 13h26.

O presidente do Comitê Olímpico Internacional ( COI ), Thomas Bach, pediu nesta terça-feira, durante a 129ª sessão do Congresso da entidade, uma "revisão total do sistema antidoping".

"Os recentes acontecimentos mostraram que precisamos de uma revisão total do sistema antidoping da Wada (Agência Mundial Antidoping). O COI faz um apelo pela criação de um modo de combate mais robusto e eficiente que requer responsabilidades claras, mais transparência, mais independência e uma maior harmonia", declarou Bach na abertura dos debates do congresso da entidade, que definirá o destino dos atletas russos nos Jogos do Rio-2016.

Bach garantiu que o COI começará a mover-se neste sentido nos próximos meses para realizar uma reforma do sistema de combate ao doping .

"O COI apresentará propostas no fórum olímpico de outubro deste ano e na conferência extraordinária sobre doping da Wada em 2017, a qual fomos convidados. Continuaremos evoluindo nos controles e nas punições", declarou.

O COI encarregou três de seus membros de estudar a "elegibilidade" dos atletas russos para os Jogos do Rio, depois do relatório McLaren, publicado em 18 de julho, desvendar um sistema de doping organizado no país e com participação do governo russo.

Decisão sobre a Rússia

Esta comissão do COI estudará cada caso dos atletas russos individualmente e tomará uma decisão antes do início dos Jogos, nesta sexta-feira.

"No Rio, serão realizadas 4.500 análises de urina e 1.000 de sangue. As amostras destes Jogos de 2016 serão guardadas durante 10 anos. As punições em casos de doping nos Jogos serão responsabilidade de forma independente do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e não mais do COI", explicou o dirigente.

"A mensagem que estamos mandando com todas estas ações é clara: queremos manter à distância todos os trapaceiros dos Jogos. Não há lugar onde possam se esconder", completou.

Bach se mostrou contrário às vozes que pediam uma suspensão total da Rússia, após a publicação do relatório McLaren, classificando essa possibilidade de "opção nuclear".

"Consideramos por um momento as consequências de uma opção nuclear. O resultado é morte e devastação. Não é o que defende o movimento olímpico", afirmou.

"Todos estamos de acordo que não podemos permitir que uma situação como a do esporte russo volte a acontecer. Para revisar de forma completa o sistema antidoping da Wada precisamos da contribuição de todos", continuou Bach.

"Esperamos o compromisso da Rússia para uma reestruturação completa de seu sistema antidoping. Compromisso, e não isolamento, é a chave para fortalecer essa nova forma de combate. Se todos contribuirmos com esse espirito poderemos chegar a um momento de catarse na luta contra o doping", concluiu.

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O presidente do Comitê Olímpico Internacional ( COI ), Thomas Bach, pediu nesta terça-feira, durante a 129ª sessão do Congresso da entidade, uma "revisão total do sistema antidoping".

"Os recentes acontecimentos mostraram que precisamos de uma revisão total do sistema antidoping da Wada (Agência Mundial Antidoping). O COI faz um apelo pela criação de um modo de combate mais robusto e eficiente que requer responsabilidades claras, mais transparência, mais independência e uma maior harmonia", declarou Bach na abertura dos debates do congresso da entidade, que definirá o destino dos atletas russos nos Jogos do Rio-2016.

Bach garantiu que o COI começará a mover-se neste sentido nos próximos meses para realizar uma reforma do sistema de combate ao doping .

"O COI apresentará propostas no fórum olímpico de outubro deste ano e na conferência extraordinária sobre doping da Wada em 2017, a qual fomos convidados. Continuaremos evoluindo nos controles e nas punições", declarou.

O COI encarregou três de seus membros de estudar a "elegibilidade" dos atletas russos para os Jogos do Rio, depois do relatório McLaren, publicado em 18 de julho, desvendar um sistema de doping organizado no país e com participação do governo russo.

Decisão sobre a Rússia

Esta comissão do COI estudará cada caso dos atletas russos individualmente e tomará uma decisão antes do início dos Jogos, nesta sexta-feira.

"No Rio, serão realizadas 4.500 análises de urina e 1.000 de sangue. As amostras destes Jogos de 2016 serão guardadas durante 10 anos. As punições em casos de doping nos Jogos serão responsabilidade de forma independente do Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) e não mais do COI", explicou o dirigente.

"A mensagem que estamos mandando com todas estas ações é clara: queremos manter à distância todos os trapaceiros dos Jogos. Não há lugar onde possam se esconder", completou.

Bach se mostrou contrário às vozes que pediam uma suspensão total da Rússia, após a publicação do relatório McLaren, classificando essa possibilidade de "opção nuclear".

"Consideramos por um momento as consequências de uma opção nuclear. O resultado é morte e devastação. Não é o que defende o movimento olímpico", afirmou.

"Todos estamos de acordo que não podemos permitir que uma situação como a do esporte russo volte a acontecer. Para revisar de forma completa o sistema antidoping da Wada precisamos da contribuição de todos", continuou Bach.

"Esperamos o compromisso da Rússia para uma reestruturação completa de seu sistema antidoping. Compromisso, e não isolamento, é a chave para fortalecer essa nova forma de combate. Se todos contribuirmos com esse espirito poderemos chegar a um momento de catarse na luta contra o doping", concluiu.

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