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Presidente da Ucrânia apoia diálogo com oposição

Tensão continua na capital e manifestantes pró-Europa prepararam barricadas para o caso de intervenção policial no local dos protestos

Manifestantes ucranianos observam estátua de líder soviético Vladimir Lenin derrubada durante protesto na capital Kiev (Maks Levin/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 15h15.

Kiev - O presidente da Ucrânia , Viktor Yanukovich, apoiou nesta segunda-feira a realização de uma reunião com a oposição para terminar com as semanas de protestos em Kiev, mas a tensão continua e manifestantes pró-Europa prepararam barricadas para o caso de intervenção policial no local dos protestos.

Enquanto a polícia se posicionava na capital, Vitaly Klitschko, campeão mundial de boxe e agora político opositor, pediu que os manifestantes continuassem onde estão, e alertou que o presidente mancharia as mãos de sangue se as forças de segurança tentassem acabar com o protesto de forma violenta.

Com a pressão aumentando sobre a frágil economia, o site do governo disse que o presidente apoiava a proposta de negociações entre as autoridades e a oposição como uma possível "plataforma para o entendimento mútuo".

Não foi estipulada uma data para esse diálogo. Não era tampouco clara qual seria a reação da oposição à proposta.

No entanto, esse foi o primeiro sinal do presidente de que poderia estar pronto para ouvir as reivindicações da oposição pela renúncia do governo e a convocação de eleições antecipadas. Os distúrbios tiveram início em Kiev, no mês passado, depois que o presidente distanciou sua política externa e comercial da União Europeia e se aproximou da Rússia.

Apesar do aceno do presidente, a tensão aumentou nas ruas depois que os policiais de choque se posicionaram em pontos críticos da cidade. Os manifestantes, respondendo aos chamados de líderes da oposição, reforçaram as barricadas na Praça da Independência, tomada pela neve, em Kiev, principal local dos protestos.

"A oposição deve ficar aqui e fazer tudo para evitar que a polícia acabe com essa demonstração pacífica", disse Klitschko à Reuters.

"Fazemos um chamado para que as pessoas fiquem onde estão e, de forma pacífica, sem agressão, defendam o seu direito de viver num país livre", afirmou ele, que tem despontado como um líder nacional nas últimas semanas.

"Se sangue for derramado, esse sangue estará nas mãos da pessoa que ordenar a intervenção policial, Yanukovich", declarou.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, que conversou com Yanukovich por telefone no domingo, pediu que as autoridades não façam uso da violência.

"Aqueles jovens nas ruas da Ucrânia sob temperaturas congelantes estão escrevendo uma nova narrativa para a Europa", disse ele, em Milão. "Eu pedi a ele (Yanukovich) para não usar a força contra quem está protestando de forma pacífica." Catherine Ashton, chefe de política externa da UE, espera se encontrar com o presidente e a oposição quando visitar Kiev na terça e quarta-feira.

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Kiev - O presidente da Ucrânia , Viktor Yanukovich, apoiou nesta segunda-feira a realização de uma reunião com a oposição para terminar com as semanas de protestos em Kiev, mas a tensão continua e manifestantes pró-Europa prepararam barricadas para o caso de intervenção policial no local dos protestos.

Enquanto a polícia se posicionava na capital, Vitaly Klitschko, campeão mundial de boxe e agora político opositor, pediu que os manifestantes continuassem onde estão, e alertou que o presidente mancharia as mãos de sangue se as forças de segurança tentassem acabar com o protesto de forma violenta.

Com a pressão aumentando sobre a frágil economia, o site do governo disse que o presidente apoiava a proposta de negociações entre as autoridades e a oposição como uma possível "plataforma para o entendimento mútuo".

Não foi estipulada uma data para esse diálogo. Não era tampouco clara qual seria a reação da oposição à proposta.

No entanto, esse foi o primeiro sinal do presidente de que poderia estar pronto para ouvir as reivindicações da oposição pela renúncia do governo e a convocação de eleições antecipadas. Os distúrbios tiveram início em Kiev, no mês passado, depois que o presidente distanciou sua política externa e comercial da União Europeia e se aproximou da Rússia.

Apesar do aceno do presidente, a tensão aumentou nas ruas depois que os policiais de choque se posicionaram em pontos críticos da cidade. Os manifestantes, respondendo aos chamados de líderes da oposição, reforçaram as barricadas na Praça da Independência, tomada pela neve, em Kiev, principal local dos protestos.

"A oposição deve ficar aqui e fazer tudo para evitar que a polícia acabe com essa demonstração pacífica", disse Klitschko à Reuters.

"Fazemos um chamado para que as pessoas fiquem onde estão e, de forma pacífica, sem agressão, defendam o seu direito de viver num país livre", afirmou ele, que tem despontado como um líder nacional nas últimas semanas.

"Se sangue for derramado, esse sangue estará nas mãos da pessoa que ordenar a intervenção policial, Yanukovich", declarou.

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, que conversou com Yanukovich por telefone no domingo, pediu que as autoridades não façam uso da violência.

"Aqueles jovens nas ruas da Ucrânia sob temperaturas congelantes estão escrevendo uma nova narrativa para a Europa", disse ele, em Milão. "Eu pedi a ele (Yanukovich) para não usar a força contra quem está protestando de forma pacífica." Catherine Ashton, chefe de política externa da UE, espera se encontrar com o presidente e a oposição quando visitar Kiev na terça e quarta-feira.

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