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Presidente da Ucrânia acusa Rússia de agressão aberta

Segundo ele, interferência russa mudou radicalmente o equilíbrio no campo de batalha

Ucrânia: segundo presidente, governo vêm sofrendo reveses na guerra contra separatistas pró-Rússia (Maxim Shemetov/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2014 às 09h01.

Kiev/Moscou - O presidente ucraniano, Petro Poroshenko acusou a Rússia nesta segunda-feira de "agressão direta e aberta" e disse que essa interferência mudou radicalmente o equilíbrio no campo de batalha, já que as forças do governo vêm sofrendo grandes reveses na guerra contra separatistas pró-Rússia.

Militares da Ucrânia disseram que suas forças tinham recebido ordens para recuar da área de um aeroporto vital no leste do país, perto da cidade de Luhansk, onde estavam lutando contra um batalhão de tanques russos.

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Poroshenko afirmou em um discurso que haveria mudanças no alto escalão das forças armadas ucranianas, cujas tropas fugiram de um novo avanço dos rebeldes no sul, que os aliados ocidentais de Kiev dizem ter o apoio de colunas de blindados russas.

O presidente russo, Vladimir Putin, pediu no domingo negociações imediatas sobre a "soberania" do sul e leste da Ucrânia, e culpou o governo em Kiev por se recusar a entrar em conversações políticas diretas com os separatistas.

Putin também disse esperar que o "senso comum" vá prevalecer no Ocidente sobre a possibilidade de impor sanções econômicas adicionais à Rússia, apesar das negativas de Moscou de que esteja ajudando os rebeldes.

Até a semana passada a o governo da Ucrânia parecia prestes a esmagar a rebelião de quatro meses, no leste, iniciada depois que o ex-presidente do país, que era pró-Moscou, foi deposto por protestos populares. Mas, então, os rebeldes abriram uma nova frente para o sul, na costa do Mar de Azov, seguindo na direção da cidade de Mariupol.

Poroshenko repetiu a crença de Kiev que as forças russas estão ajudando os rebeldes para virar a maré da guerra. "Uma agressão direta e aberta foi lançado contra a Ucrânia, a partir de um Estado vizinho. Isso mudou a situação na zona de conflito de uma maneira radical", disse ele em seu discurso em uma academia militar em Kiev.

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