Presidente da China vai aos EUA discutir economia e defesa
"A visita do presidente Xi apresenta uma oportunidade para expandir a cooperação EUA-China", indicou a Casa Branca.
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2015 às 17h58.
Washington - O presidente da China , Xi Jinping, realiza esta semana uma visita de estado aos EUA , e se reunirá com o presidente americano, Barack Obama , em um momento de dúvidas sobre a economia chinesa e acusações de Washington de ciberespionagem por parte de Pequim.
Não é a primeira viagem do presidente Xi aos Estados Unidos, que já teve um encontro bilateral com Obama na Califórnia em 2013, mas dessa vez a visita tem status de Estado, o que ressalta a importância para as dois grandes potências globais.
"A visita do presidente Xi apresenta uma oportunidade para expandir a cooperação EUA-China em um temas globais, regionais e bilaterais de interesse mútuo, assim como permitirá a ambos os presidentes encarar áreas de desacordo de maneira construtiva", indicou a Casa Branca.
Entre os temas chave para os EUA, estão as acusações de ciberespionagem a empresas americanas e a preocupação sobre a expansão chinesa no mar do sul da China com a construção de ilhas artificiais, o que levantou suspeitas nos aliados dos EUA na região, como Japão e Filipinas.
A estas questões, se somam as dúvidas sobre a evolução da economia chinesa, que foi o grande motor do crescimento global durante a crise financeira, por causa das recentes quedas registradas pelos mercados financeiros chineses.
Além disso, a inesperada desvalorização do iuane pelas autoridades foi percebida em alguns setores de Washington como uma tentativa de recorrer à manipulação da divisa chinesa para promover a abatida economia doméstica, e levantou sombras sobre o compromisso de reformas de Pequim para reequilibrar seu modelo de crescimento.
Outro elemento que acrescenta complexidade ao encontro é o clima político em Washington, em plena campanha para as primárias às eleições presidenciais americanas, em novembro de 2016, quando Obama deixará a Casa Branca.
Vários dos aspirantes a candidatos, especialmente no lado republicano, criticaram diretamente a ânsia expansionista da China e sua concorrência desleal no setor comercial.
No entanto, também existem pontos de conexão entre as duas maiores potências mundiais, que querem reforçar seus laços e aproveitar sua influência global, como fizeram no recente e ambicioso acordo de redução das emissões de CO2.
Este pacto foi fechado no último encontro entre os dois presidentes durante a Cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em 2014, realizada na capital chinesa.
Xi, por sua vez, é um bom conhecedor dos EUA, país que visitou várias vezes antes de ser eleito presidente, em 2013.
Em 1985 percorreu Iowa junto com uma delegação agrícola do Partido Comunista chinês; e em 2006 como secretário do partido da província de Zhejiang, realizou uma tour por Washington, Nova York e Nova Jersey.
Para marcar o peso desta visita, o presidente Xi vem acompanhado por sua esposa, a primeira-dama chinesa, Peng Liyuan.
A intensa agenda durante a quase semana que permanecerá nos EUA o levará primeiro a Seattle, na costa oeste, na terça-feira, onde se encontrará com representantes da comunidade empresarial americana e percorrerá a fábrica da aeronáutica Boeing.
Na quinta-feira Xi viajará para Washington. Na sexta-feira terá uma reunião na Casa Branca com Obama e será o convidado de um jantar de Estado na residência presidencial.
Em sua última etapa da viagem, o presidente da China se deslocará a Nova York, no sábado, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, e na segunda-feira fará seu discurso na sede do organismo, antes de retornar a Pequim. EFE
Washington - O presidente da China , Xi Jinping, realiza esta semana uma visita de estado aos EUA , e se reunirá com o presidente americano, Barack Obama , em um momento de dúvidas sobre a economia chinesa e acusações de Washington de ciberespionagem por parte de Pequim.
Não é a primeira viagem do presidente Xi aos Estados Unidos, que já teve um encontro bilateral com Obama na Califórnia em 2013, mas dessa vez a visita tem status de Estado, o que ressalta a importância para as dois grandes potências globais.
"A visita do presidente Xi apresenta uma oportunidade para expandir a cooperação EUA-China em um temas globais, regionais e bilaterais de interesse mútuo, assim como permitirá a ambos os presidentes encarar áreas de desacordo de maneira construtiva", indicou a Casa Branca.
Entre os temas chave para os EUA, estão as acusações de ciberespionagem a empresas americanas e a preocupação sobre a expansão chinesa no mar do sul da China com a construção de ilhas artificiais, o que levantou suspeitas nos aliados dos EUA na região, como Japão e Filipinas.
A estas questões, se somam as dúvidas sobre a evolução da economia chinesa, que foi o grande motor do crescimento global durante a crise financeira, por causa das recentes quedas registradas pelos mercados financeiros chineses.
Além disso, a inesperada desvalorização do iuane pelas autoridades foi percebida em alguns setores de Washington como uma tentativa de recorrer à manipulação da divisa chinesa para promover a abatida economia doméstica, e levantou sombras sobre o compromisso de reformas de Pequim para reequilibrar seu modelo de crescimento.
Outro elemento que acrescenta complexidade ao encontro é o clima político em Washington, em plena campanha para as primárias às eleições presidenciais americanas, em novembro de 2016, quando Obama deixará a Casa Branca.
Vários dos aspirantes a candidatos, especialmente no lado republicano, criticaram diretamente a ânsia expansionista da China e sua concorrência desleal no setor comercial.
No entanto, também existem pontos de conexão entre as duas maiores potências mundiais, que querem reforçar seus laços e aproveitar sua influência global, como fizeram no recente e ambicioso acordo de redução das emissões de CO2.
Este pacto foi fechado no último encontro entre os dois presidentes durante a Cúpula de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico em 2014, realizada na capital chinesa.
Xi, por sua vez, é um bom conhecedor dos EUA, país que visitou várias vezes antes de ser eleito presidente, em 2013.
Em 1985 percorreu Iowa junto com uma delegação agrícola do Partido Comunista chinês; e em 2006 como secretário do partido da província de Zhejiang, realizou uma tour por Washington, Nova York e Nova Jersey.
Para marcar o peso desta visita, o presidente Xi vem acompanhado por sua esposa, a primeira-dama chinesa, Peng Liyuan.
A intensa agenda durante a quase semana que permanecerá nos EUA o levará primeiro a Seattle, na costa oeste, na terça-feira, onde se encontrará com representantes da comunidade empresarial americana e percorrerá a fábrica da aeronáutica Boeing.
Na quinta-feira Xi viajará para Washington. Na sexta-feira terá uma reunião na Casa Branca com Obama e será o convidado de um jantar de Estado na residência presidencial.
Em sua última etapa da viagem, o presidente da China se deslocará a Nova York, no sábado, para participar da Assembleia Geral das Nações Unidas, e na segunda-feira fará seu discurso na sede do organismo, antes de retornar a Pequim. EFE