Ativista mostra fotos de tibetanos que se autoimolaram: Xi enfatizou que o país deve "tomar uma firme iniciativa" para lutar contra o separatismo (John Macdougall/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2015 às 11h31.
Pequim - O presidente da China, Xi Jinping, pediu nesta terça-feira que a união nacional e étnica seja defendida como plano-chave para a região autônoma ocidental do Tibete, assim como fomentar a estabilidade e manter a "incessante batalha contra o separatismo".
"Os esforços fundamentais no trabalho para o Tibete deveriam focar em garantir a união nacional e em consolidar a unidade étnica, com a conquista da estabilidade social como um desafio obrigatório", disse Xi em reunião de dois dias sobre a região que terminou hoje, segundo informou a agência oficial "Xinhua".
Além disso, Xi enfatizou que o país deve "tomar uma firme iniciativa" para lutar contra o separatismo.
As autoridades chinesas culpam pelas tensões na região os independentistas tibetanos liderados pelo Dalai Lama, exilado na cidade indiana de Dharamsala.
Há meses, Pequim acusou o líder espiritual de incitar uma série de sacrifícios entre os tibetanos como forma de protesto contra o governo chinês, enquanto organizações como a Campanha Internacional pelo Tibete as atribuem à opressão por parte do regime comunista.
Segundo a organização, mais de cem homens e cerca de 24 mulheres atearam fogo ao próprio corpo desde 2011.
Em junho, as autoridades anunciaram uma investigação contra o ex-chefe de espionagem no Tibete, Le Dake, como suspeito de corrupção, de modo que se tornou o primeiro alto cargo vinculado a essa região da China em ser esquadrinhado pelas autoridades comunistas.