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Preparação para Brexit sem acordo é prioridade, diz premiê Johnson

Declaração eleva expectativas entre políticos e mercados financeiros de que o Reino Unido caminha para um divórcio desgovernado do bloco europeu

Boris Johnson: Premiê britânico prometeu a eleitores que o Reino Unido deixará a UE em 31 de outubro com ou sem um acordo de saída (Julian Simmonds/Pool/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de agosto de 2019 às 18h35.

Londres — O premiê britânico, Boris Johnson , escreveu a todos os funcionários do governo nesta sexta-feira para dizer a eles que uma preparação para uma saída da União Europeia sem acordo é sua principal prioridade, segundo uma cópia do e-mail vista pela Reuters.

Johnson prometeu a eleitores que o Reino Unido deixará a UE em 31 de outubro com ou sem um acordo de saída, demandando que Bruxelas abandone partes de uma proposta existente de acordo relacionadas à fronteira com a Irlanda e negocie um novo acordo de saída.

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Mas a UE está inflexível de que os termos do acordo não podem ser reescritos, elevando expectativas entre políticos e mercados financeiros de que o Reino Unido caminha para um divórcio desgovernado do bloco em menos de três meses.

"Eu preferiria muito sair com um acordo --um que possa abolir o antidemocrático backstop irlandês, que tem consequências inaceitáveis para o nosso país", disse Johnson no e-mail.

"Mas eu reconheço que isso pode não acontecer. É por isso que se preparar urgente e rapidamente para a possibilidade de uma saída sem acordo será minha principal prioridade, e será a principal prioridade do Serviço Civil também."

Anteriormente, apoiadores do Brexit criticaram o serviço civil do Reino Unido, que adota uma postura politicamente neutra enquanto trabalha para aplicar políticas do governo, dizendo que eles pendiam em direção à permanência na UE e tentavam obstruir o processo de saída.

Muitos investidores dizem que um Brexit sem acordo provocará ondas de choque na economia global, levará o Reino Unido a uma recessão, abalará os mercados financeiros e enfraquecerá a posição de Londres como proeminente centro financeiro internacional.

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