"É necessário trabalhar de forma mais dinâmica. Com a cooperação bilateral, acreditamos que poderemos ser mais dinâmicos e, no dia que as tropas se retirarem, estaremos 100% preparados", disse Lamothe (Lee Celano/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 21 de maio de 2013 às 19h22.
Brasília - O primeiro-ministro do Haiti, Laurent Lamothe, afirmou nesta terça-feira em uma visita a Brasília que seu país precisa ser "mais dinâmico" na formação de policiais que serão destinados a substituir as tropas internacionais.
"É necessário trabalhar de forma mais dinâmica. Com a cooperação bilateral, acreditamos que poderemos ser mais dinâmicos e, no dia que as tropas se retirarem, estaremos 100% preparados", disse Lamothe em entrevista coletiva junto com o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota.
Lamothe declarou ainda que o país pode cumprir o calendário de retirada da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah), que prevê que as tropas saíam em 2016 e sejam substituídas por policiais.
Na semana passada, o ministro da Defesa, Celso Amorim, disse que seu país deseja ajudar o Haiti, mas "sem perpetuar" a presença de tropas brasileiras.
O Brasil tem a chefia militar da Minustah e é o país com maior número de soldados no Haiti, que aumentou até 2,3 mil em janeiro de 2010 após o terremoto que deixou 300 mil mortos e 1,5 milhões de afetados.
À margem da questão da Minustah, os governos dos dois países assinaram hoje uma carta de intenções para estreitar a cooperação em trabalhos humanitários para a recuperação de pequenos agricultores no país caribenho.
Também assinaram um memorando de intenções para colaborar na formação de diplomatas e um acordo de caráter comercial para aumentar os contatos entre as respectivas agências de promoção de exportações e investimentos.
Lamothe se dirigiu depois a São Paulo, onde deve encontrar-se com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e concluirá sua visita no Rio de Janeiro, onde permanecerá até sábado.