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Premiê palestino ressalta benefício de pacto com Israel

Primeiro-ministro da Palestina ressaltou os benefícios comerciais que traria para israelenses e palestinos um eventual acordo

Rami Hamdala, primeiro-ministro da ANP: "imagine as oportunidades de negócio que seriam abertas com um acordo de paz", disse (AFP)
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Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 10h40.

Ramala - O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Rami Hamdala, ressaltou nesta quinta-feira em Ramala os benefícios comerciais que traria para israelenses e palestinos um eventual acordo de paz.

"A maior parte do comércio que mantemos é com Israel . Imagine as oportunidades de negócio que seriam abertas com um acordo de paz", destacou Hamdala perante uma delegação de representantes religiosos argentinos aos quais recebeu na capital da Cisjordânia.

Interpelado por um dos presentes se a ANP planejava integrar uma área comercial na região, Hamdala especificou que a Iniciativa de paz Árabe referendada em 2005 já defendia a normalização dos países árabes com Israel, no caso desse Estado se retirar para as fronteiras anteriores à guerra de 1967.

"Israel é um país muito avançado em todos os campos... Imaginem as oportunidades de negócio que se abririam com todo o mundo árabe, e em consequência de desenvolvimento para a Palestina", especificou.

O primeiro-ministro reiterou a posição da ANP ao assegurar seu "forte compromisso de viver em paz com Israel. Esse é nosso destino", assegurou.

Em relação ao processo de paz que atualmente as partes mantêm desde o final de julho do ano passado, Hamdala não quis antecipar nenhuma consequência, apesar de ter deixado entrever algum dos obstáculos que o diálogo patrocinado por Washington enfrenta.

"Francamente, não gostaria de ter nenhuma força estrangeira em nosso território, mas para garantir aos israelenses que somos sérios, que escolham eles a terceira parte que desejarem para supervisionar a segurança na região", disse.

Hamdala se referia a um dos assuntos em discussão, o controle do Vale do Jordão, território ocupado em 1967 e fronteiriço com a Jordânia e que Israel aspira a continuar controlando.

"Como expressão de nossa vontade de viver em paz e seriedade aceitamos que nosso futuro Estado seja desmilitarizado e conte unicamente com presença policial", concretizou.

Também reiterou a ferrenha oposição palestina a aceitar a reivindicação de que Israel seja reconhecido como Estado judeu.

Lembrou, nesse sentido, que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) liderada então por Yasser Arafat, já assumiu com o reconhecimento de Israel uma mudança em sua Constituição, que propiciou em 1994 a criação da ANP.

Por último, agradeceu ao grupo argentino, integrado por mais de 40 representantes das três religiões monoteístas, sua visita e deu como exemplo na Palestina a convivência inter-religiosa em Nablus, onde convivem muçulmanos, cristãos e samaritanos.

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Ramala - O primeiro-ministro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Rami Hamdala, ressaltou nesta quinta-feira em Ramala os benefícios comerciais que traria para israelenses e palestinos um eventual acordo de paz.

"A maior parte do comércio que mantemos é com Israel . Imagine as oportunidades de negócio que seriam abertas com um acordo de paz", destacou Hamdala perante uma delegação de representantes religiosos argentinos aos quais recebeu na capital da Cisjordânia.

Interpelado por um dos presentes se a ANP planejava integrar uma área comercial na região, Hamdala especificou que a Iniciativa de paz Árabe referendada em 2005 já defendia a normalização dos países árabes com Israel, no caso desse Estado se retirar para as fronteiras anteriores à guerra de 1967.

"Israel é um país muito avançado em todos os campos... Imaginem as oportunidades de negócio que se abririam com todo o mundo árabe, e em consequência de desenvolvimento para a Palestina", especificou.

O primeiro-ministro reiterou a posição da ANP ao assegurar seu "forte compromisso de viver em paz com Israel. Esse é nosso destino", assegurou.

Em relação ao processo de paz que atualmente as partes mantêm desde o final de julho do ano passado, Hamdala não quis antecipar nenhuma consequência, apesar de ter deixado entrever algum dos obstáculos que o diálogo patrocinado por Washington enfrenta.

"Francamente, não gostaria de ter nenhuma força estrangeira em nosso território, mas para garantir aos israelenses que somos sérios, que escolham eles a terceira parte que desejarem para supervisionar a segurança na região", disse.

Hamdala se referia a um dos assuntos em discussão, o controle do Vale do Jordão, território ocupado em 1967 e fronteiriço com a Jordânia e que Israel aspira a continuar controlando.

"Como expressão de nossa vontade de viver em paz e seriedade aceitamos que nosso futuro Estado seja desmilitarizado e conte unicamente com presença policial", concretizou.

Também reiterou a ferrenha oposição palestina a aceitar a reivindicação de que Israel seja reconhecido como Estado judeu.

Lembrou, nesse sentido, que a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) liderada então por Yasser Arafat, já assumiu com o reconhecimento de Israel uma mudança em sua Constituição, que propiciou em 1994 a criação da ANP.

Por último, agradeceu ao grupo argentino, integrado por mais de 40 representantes das três religiões monoteístas, sua visita e deu como exemplo na Palestina a convivência inter-religiosa em Nablus, onde convivem muçulmanos, cristãos e samaritanos.

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