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Premiê israelense rejeita críticas sobre Jerusalém Oriental

Autoridade da administração de Barack Obama havia chamado o primeiro-ministro de "covarde" e denunciu sua política de colonização

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: "os ataques são feitos contra mim porque eu defendo o Estado de Israel" (Gali Tibbon/AFP)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu: "os ataques são feitos contra mim porque eu defendo o Estado de Israel" (Gali Tibbon/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2014 às 15h47.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, descartou nesta quarta-feira qualquer concessão sobre Jerusalém Oriental, apesar das críticas americanas contra sua política de colonização.

"Eu não estou pronto para fazer concessões que coloquem nosso Estado em perigo", declarou Benjamin Netanyahu em um discurso ao Parlamento.

Ele respondeu dessa forma à publicação na terça-feira pela revista "The Atlantic" de declarações de uma autoridade da administração de Barack Obama que o chama "covarde" e denuncia a sua política de colonização na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Esses ataques pessoais anônimos, apresentados como sem precedentes por analistas, foram manchete em Israel.

"Os ataques são feitos contra mim porque eu defendo o Estado de Israel", acrescentou o primeiro-ministro. "Devem entender que nossos interesses supremos são em primeiro lugar a segurança e a unidade de Jerusalém, o que não é a principal preocupação de quem me ataca de forma anônima", continuou Benjamin Netanyahu.

De acordo com a autoridade citada pela "The Atlantic", Benjamin Netanyahu "não fará nada para chegar a um acordo com os palestinos e os países árabes, e que a única coisa que o interessa é se proteger uma derrota política."

O americano também ressaltou que o anúncio da construção de novos assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental provocaram a "ira" do governo Obama.

Os Estados Unidos têm criticado fortemente a decisão de Israel de incentivar a construção de mais de 1.000 unidades habitacionais em bairros de colonização israelense em Jerusalém Oriental, considerando que tal ação é "inconsistente" com os esforços de paz na região.

Os palestinos querem fazer de Jerusalém Oriental a capital do Estado que pretendem criar. A comunidade internacional considera ilegal a anexação e a ocupação de Jerusalém Oriental por Israel.

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