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Prefeitura de Buenos Aires quer usar falcões contra praga de pombos

Ideia inicial é treinar 30 animais de diferentes raças para utilizá-los nas áreas mais afetadas pela superpopulação de aves

Pomba voando (SXC.hu)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2011 às 19h35.

Buenos Aires - Para atender às reclamações da população, a Prefeitura de Buenos Aires estuda utilizar falcões treinados para combater uma praga de pombos que se espalhou pela cidade.

A ideia inicial é treinar 30 falcões de diferentes raças argentinas para utilizá-los nas áreas mais afetadas pela superpopulação de pombos: Recoleta e Retiro, dois dos bairros de maior poder aquisitivo da cidade.

"Moro aqui há seis anos e é a primeira que tenho problemas com pombos. Entraram dois na sala da minha casa", reclama um morador de Recoleta.

Os pombos são uma espécie protegida pela legislação argentina, que proíbe expressamente seu extermínio, o que impede a Prefeitura de declarar a existência de uma praga, apesar do aumento da população das aves na cidade.

Nessas circunstâncias, a falcoaria, técnica milenar que consiste em domesticar aves de rapina para a caça, é, de acordo com o Ministério de Ambiente e Espaço Público da Argentina, "a forma mais natural" de solucionar o problema.

"Com esta técnica não soltamos os falcões para que matem os pombos, mas os treinamos para que os espantem e voltem. Além disso, as três espécies de falcões que estamos buscando são originárias daqui, que provavelmente fugiram quando a cidade foi urbanizada. Logo, não alterariam o ecossistema", explica o Ministério à Agência Efe.

A tal técnica já é utilizada no aeroporto da cidade para voos domésticos e regionais de Buenos Aires para afastar os pombos das pistas.

Para a ONG Aves Argentinas, este tipo de técnica só surte efeito a curto prazo e muito localizado, já que "os pombos só desaparecem por um período de tempo".

A ONG sustenta que o aumento da população de pombos em ambientes urbanos está associado "ao refúgio e à disponibilidade de alimento, ligados ao crescimento paralelo da cidade". Por isso, o plano a ser implementado deve analisar todos esses fatores.

Outros analistas não rejeitam completamente a falcoaria, mas advertem sobre o emprego da técnica. Segundo eles, os falcões voam muito alto e não estão acostumados aos obstáculos. Além disso, precisam de um exaustivo controle sanitário, pois, se tiverem alguma doença e contagiarem os pombos, podem provocar uma epidemia.

Todos concordam, no entanto, que esta não pode ser a única medida do governo para enfrentar a invasão de pombos. Entre as opções consideradas prioritárias, está a remoção dos ninhos.

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Buenos Aires - Para atender às reclamações da população, a Prefeitura de Buenos Aires estuda utilizar falcões treinados para combater uma praga de pombos que se espalhou pela cidade.

A ideia inicial é treinar 30 falcões de diferentes raças argentinas para utilizá-los nas áreas mais afetadas pela superpopulação de pombos: Recoleta e Retiro, dois dos bairros de maior poder aquisitivo da cidade.

"Moro aqui há seis anos e é a primeira que tenho problemas com pombos. Entraram dois na sala da minha casa", reclama um morador de Recoleta.

Os pombos são uma espécie protegida pela legislação argentina, que proíbe expressamente seu extermínio, o que impede a Prefeitura de declarar a existência de uma praga, apesar do aumento da população das aves na cidade.

Nessas circunstâncias, a falcoaria, técnica milenar que consiste em domesticar aves de rapina para a caça, é, de acordo com o Ministério de Ambiente e Espaço Público da Argentina, "a forma mais natural" de solucionar o problema.

"Com esta técnica não soltamos os falcões para que matem os pombos, mas os treinamos para que os espantem e voltem. Além disso, as três espécies de falcões que estamos buscando são originárias daqui, que provavelmente fugiram quando a cidade foi urbanizada. Logo, não alterariam o ecossistema", explica o Ministério à Agência Efe.

A tal técnica já é utilizada no aeroporto da cidade para voos domésticos e regionais de Buenos Aires para afastar os pombos das pistas.

Para a ONG Aves Argentinas, este tipo de técnica só surte efeito a curto prazo e muito localizado, já que "os pombos só desaparecem por um período de tempo".

A ONG sustenta que o aumento da população de pombos em ambientes urbanos está associado "ao refúgio e à disponibilidade de alimento, ligados ao crescimento paralelo da cidade". Por isso, o plano a ser implementado deve analisar todos esses fatores.

Outros analistas não rejeitam completamente a falcoaria, mas advertem sobre o emprego da técnica. Segundo eles, os falcões voam muito alto e não estão acostumados aos obstáculos. Além disso, precisam de um exaustivo controle sanitário, pois, se tiverem alguma doença e contagiarem os pombos, podem provocar uma epidemia.

Todos concordam, no entanto, que esta não pode ser a única medida do governo para enfrentar a invasão de pombos. Entre as opções consideradas prioritárias, está a remoção dos ninhos.

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