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Por medo de caos, governo pede que pessoas saiam de Buenos Aires no G20

Ao menos 30 protestos devem acontecer na capital argentina durante cúpula. Autoridades temem distúrbios e violência pelas ruas nos próximos dias

Protestos contra o G20 sacodem Buenos Aires, capital da Argentina: cidade receberá a cúpula nos próximos dias (Agustin Marcarian/Reuters)

Gabriela Ruic

Publicado em 28 de novembro de 2018 às 11h23.

São Paulo – O governo da Argentina está se preparando para receber no final desta semana a cúpula do G20 , grupo que reúne as maiores economias do mundo, e teme o caos gerado que os esquemas de segurança para o encontro e os protestos prometidos para o período causem no dia a dia da cidade. Como resultado, está incentivando que a população da capital Buenos Aires, que sediará o encontro, deixe a cidade nos próximos dias.

“Recomendamos que vocês usem o feriado estendido para sair da cidade”, disse Patricia Bullrich, ministra da Segurança, “saiam na quinta-feira, porque a cidade ficará muito complicada”. “Estamos cientes de que haverá tentativas de gerar a violência, caos e distúrbios durante o G20”, alertou.

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Ao menos 30 protestos são esperados pelas ruas de Buenos Aires , que não terá a circulação de trens e metros, apenas ônibus, sendo que algumas das linhas sofrerão alterações.

O aeroparque Jorge Newberry estará fechado do dia 29 de novembro até o dia 1º de dezembro e todos os carros deverão ser retirados de seus estacionamentos até as 12 horas do dia 29 (horário local). O esquema afetará toda a região metropolitana da cidade, cerca de 12 milhões de pessoas.

Segundo o jornal argentino Clarín, ao menos 20 mil agentes de segurança da Argentina, 5 mil agentes de segurança estrangeiros. A expectativa é a de que ao menos 10 mil pessoas participem dos eventos do G20.

O forte esquema se justifica pela lista de participantes que chegarão à Argentina nos próximos dias. Entre eles, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o príncipe saudita, Mohammed bin Salman, além de Xi Jinping, presidente da China, Angela Merkel, chanceler da Alemanha, e Emmanuel Macron, presidente da França.

Só a comitiva de Trump desembarcará em solo argentino em dez aviões, alguns dos quais transportando veículos de segurança e helicópteros. Entre os sauditas, serão seis aeronaves.

Argentina em chamas

Visto como o evento internacional mais importante já organizado na Argentina, a cúpula do G20 acontece em um momento delicado para o país, imerso em uma grave crise econômica, em que a polícia de Buenos Aires está sob pressão.

Na última semana, incidentes violentos marcaram o jogo entre River Plate e Boca Juniors, cujos jogadores foram atacados pela torcida rival momentos antes da partida final da Copa Libertadores da América. E isso sem esquecer que a cidade está em alerta máximo depois da prisão de 12 pessoas que estariam planejando ataques com bombas durante a cúpula.

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