Jeanine Áñez: ministro revelou ter sido muito difícil convencer a presidente autoproclamada (Getty Images / Correspondente/Getty Images)
EFE
Publicado em 18 de novembro de 2019 às 15h22.
Última atualização em 18 de novembro de 2019 às 15h23.
La Paz -- A presidente interina da Bolívia, Jeanine Áñez, cancelou nesta segunda-feira (18), uma viagem dentro do país por temer um atentado, segundo informações do governo nacional, que, no entanto, não deu detalhes, ainda à espera do desenrolar das operações contra um suposto grupo criminoso.
O ministro do Governo, Arturo Murillo, disse à imprensa em La Paz que foi identificada uma quadrilha que quer atentar contra Áñez. "Tivemos que interromper sua viagem para a sua terra natal", declarou Murillo, referindo-se à cidade de Trinidad, capital da região de Beni, que hoje comemora 177 anos de fundação.
O ministro revelou ter sido muito difícil convencer a presidente autoproclamada e disse que precisou ter colocado o cargo à disposição para caso ela insistisse em viajar. Isso porque, segundo Murillo, ela corria risco de morte e por se tratar de um tema de segurança de Estado.
Ele afirmou que as operações conjuntas realizadas nos últimos sete dias com policiais e militares permitiram a detecção de grupos que tentam ações violentas.
"São organizações criminosas com ligação com o narcotráfico e que querem fazer uma Venezuela na Bolívia. Temos entidades muito obscuras, estamos tentando seguir os passos. Daremos o máximo de detalhes quando terminarmos essas operações", comprometeu-se.
Ainda antes do pronunciamento do ministro, Áñez havia postado no Twitter uma mensagem de parabéns para a cidade. "Eu me sinto mais beniana e boliviana do que nunca. Parabéns, Beni!", escreveu.
Mi querido Beni está de aniversario, celebremos estos 177 años de su creación, somos orgullosos de pertenecer a esta tierra promesa de ventura, paz y unión.
Hoy, me siento más Beniana y Boliviana que nunca.
¡Felicidades Beni!
— Jeanine Añez Chávez (@JeanineAnez) November 18, 2019