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Polícia do Hamas proíbe celebrações de fim de ano em Gaza

"A celebração do ano novo na Faixa de Gaza se contradiz com o islã e suas regulações", disse porta-voz da polícia em Gaza

Gaza: "A celebração do ano novo na Faixa de Gaza se contradiz com o islã e suas regulações", disse porta-voz da polícia local (AFP/ SAID KHATIB)
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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2015 às 16h11.

Gaza - A polícia leal ao movimento islamita Hamas em Gaza anunciou nesta quarta-feira a proibição de qualquer celebração de fim de ano na Faixa palestina , alegando que esse tipo de ato contradiz as tradições islâmicas.

O porta-voz da polícia em Gaza , Ayman Batniji, fez o anúncio em uma breve mensagem de texto enviada aos meios de comunicação, na qual informava a proprietários de hotéis, cafeterias e restaurantes que ficava proibida toda celebração de fim de ano na noite de quinta para sexta-feira.

"A celebração do ano novo na Faixa de Gaza se contradiz com o islã e suas regulações. Trata-se de uma tradição ocidental, em primeiro lugar, e nunca aceitamos que aconteça em Gaza", afirmou Batniji no comunicado.

O porta-voz acrescentou que "as dificuldades e sofrimentos que a população da Faixa de Gaza padece devido ao bloqueio israelense devem ser respeitados ao invés de celebrar estranhas tradições ocidentais".

Proprietários de restaurantes, hotéis e estabelecimentos de lazer na Faixa rejeitaram fazer comentários sobre a regulação de maneira pública, no entanto, alguns deles já anunciaram que servirão jantares e celebrarão a chegada de 2016.

Grupos de direitos humanos em Gaza condenaram o anúncio e destacaram em diferentes comunicados que a decisão restringe as liberdades individuais da população no enclave litorâneo.

Mustafa Ibrahim, ativista de direitos humanos na Faixa, considerou que a decisão da polícia do Hamas "se baseia em considerações ideológicas e descumpre a lei básica palestina, que garante as liberdades públicas sem restrições".

O governo palestino de consenso, formado em junho de 2014 após um acordo alcançado entre o Hamas e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), se queixou em várias ocasiões que o movimento islamita siga controlando Gaza, especialmente em matéria de segurança.

Diferentes grupos defensores das liberdades civis acusaram o Hamas, que tomou o controle do território violentamente em 2007, de tentar islamizar o enclave e de impor novas regras e legislações que contradizem a lei básica palestina.

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Gaza - A polícia leal ao movimento islamita Hamas em Gaza anunciou nesta quarta-feira a proibição de qualquer celebração de fim de ano na Faixa palestina , alegando que esse tipo de ato contradiz as tradições islâmicas.

O porta-voz da polícia em Gaza , Ayman Batniji, fez o anúncio em uma breve mensagem de texto enviada aos meios de comunicação, na qual informava a proprietários de hotéis, cafeterias e restaurantes que ficava proibida toda celebração de fim de ano na noite de quinta para sexta-feira.

"A celebração do ano novo na Faixa de Gaza se contradiz com o islã e suas regulações. Trata-se de uma tradição ocidental, em primeiro lugar, e nunca aceitamos que aconteça em Gaza", afirmou Batniji no comunicado.

O porta-voz acrescentou que "as dificuldades e sofrimentos que a população da Faixa de Gaza padece devido ao bloqueio israelense devem ser respeitados ao invés de celebrar estranhas tradições ocidentais".

Proprietários de restaurantes, hotéis e estabelecimentos de lazer na Faixa rejeitaram fazer comentários sobre a regulação de maneira pública, no entanto, alguns deles já anunciaram que servirão jantares e celebrarão a chegada de 2016.

Grupos de direitos humanos em Gaza condenaram o anúncio e destacaram em diferentes comunicados que a decisão restringe as liberdades individuais da população no enclave litorâneo.

Mustafa Ibrahim, ativista de direitos humanos na Faixa, considerou que a decisão da polícia do Hamas "se baseia em considerações ideológicas e descumpre a lei básica palestina, que garante as liberdades públicas sem restrições".

O governo palestino de consenso, formado em junho de 2014 após um acordo alcançado entre o Hamas e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), se queixou em várias ocasiões que o movimento islamita siga controlando Gaza, especialmente em matéria de segurança.

Diferentes grupos defensores das liberdades civis acusaram o Hamas, que tomou o controle do território violentamente em 2007, de tentar islamizar o enclave e de impor novas regras e legislações que contradizem a lei básica palestina.

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