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Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Eles enfrentam diversas acusações, como professar conhecimentos de bruxaria, possuir amuletos e praticar crueldade contra animais selvagens, de acordo com a Lei de Bruxaria da Zâmbia

Hakainde Hichilema, presidente da Zâmbia (Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 22 de dezembro de 2024 às 15h00.

Dois homens acusados ​​de serem "bruxos" foram presos na Zâmbia por um suposto complô para enfeitiçar o presidente do país, Hakainde Hichilema, segundo informou o Serviço de Polícia zambiano (ZPS).

Em comunicado divulgado pela imprensa local, a ZPS afirmou que os dois suspeitos, identificados como Jasten Mabulesse Candunde (cidadão moçambicano de 42 anos) e Leonard Phiri (zambiano de 43 anos), foram detidos em flagrante na capital Lusaka.

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"Os suspeitos foram encontrados em posse de vários amuletos, incluindo um camaleão vivo, e acredita-se que pratiquem bruxaria", disse o porta-voz da polícia Rae Hamoonga no comunicado.

"Os suspeitos estavam envolvidos em um plano ilegal e perigosocom o objetivo de prejudicar nosso chefe de Estado. Estamos tratando esse assunto com a máxima seriedade e estamos comprometidos em garantir que a justiça seja feita", acrescentou Hamoonga.

Os dois indivíduos, presos em uma operação do ZPS em coordenação com o Departamento de Imigração e a Unidade Antiterrorista, enfrentam diversas acusações, como professar conhecimentos de bruxaria, possuir amuletos e praticar crueldade contra animais selvagens, de acordo com a Lei de Bruxaria da Zâmbia.

"Os suspeitos estão sob custódia policial e comparecerão ao tribunal em breve", destacou Hamoonga.

A polícia acredita que Candunde e Phiriforam contratados por Nelson Banda, irmão mais novo do deputado Emmanuel "Jay Jay" Banda, que foi preso no mês passadono vizinho Zimbábue sob acusações de roubo que ele nega.

O partido opositor Frente Patriótica (PF), liderado pelo ex-presidente Edgar Lungu (2015-2021), alegou que essas acusações têm motivação política.

Emmanuel Banda, que é deputado independente desde 2021, tinha laços anteriores com Lungu, que perdeu a presidência naquele ano para Hichilema.

De acordo com o comunicado da polícia, os suspeitos alegaram quelhes foi prometido cerca de 2 milhões de kwachas zambianas(cerca de R$ 441,2 mil) para completar sua "missão".

"A segurança dos nossos cidadãos e líderes é a nossa principal prioridade. O Serviço Policial da Zâmbia permanece firme em seu compromisso de garantir a paz e a estabilidade no país. Qualquer ação que ameace a segurança nacional será respondida com medidas rápidas e decisivas", completou Hamoonga.

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