Austrália prende 12 suspeitos de ligação com Estado Islâmico
Suspeitos estão sendo interrogadas por vínculos com grupos terroristas
Da Redação
Publicado em 17 de setembro de 2014 às 23h05.
Cairns (Austrália) - Pelo menos 12 pessoas foram detidas na Austrália e estão sendo interrogadas por supostamente terem vínculos com grupos terroristas, entre eles jihadistas do Estado Islâmico (EI), em uma operação nacional coordenada pela Polícia Federal, informaram nesta quinta-feira (data local) fontes oficiais citadas pela imprensa.
Na operação, que envolveu cerca de 600 agentes, foram detidas pessoas supostamente vinculadas ao grupo jihadista em Sydney e Brisbane, onde vai acontecer em novembro a reunião de chefes de Estado e de governo do G20.
Segundo os relatórios policiais, os acusados estavam planejando uma decapitação em Sydney, informou a emissora australiana 'ABC'.
'Esta foi uma grande operação que reflete os desafios que nós enfrentamos neste momento', declarou Andrew Scipione, porta-voz da polícia do estado de Nova Gales do Sul.
Na última sexta-feira, a Austrália elevou o alerta de terrorismo para o nível 'alto' diante da ameaça de atentados em meio à ofensiva internacional contra o Estado Islâmico na Síria e no Iraque.
O país da Oceania, que já realizou missões humanitárias no Iraque para oferecer ajuda às minorias étnicas ameaçadas pelos extremistas do EI, enviou no início da semana o primeiro contingente de tropas para combater os jihadistas.
Espera-se que aproximadamente 600 soldados australianos sejam transferidos para uma base localizada nos Emirados Árabes Unidos, além de vários caças e aviões de apoio, em resposta a um pedido dos EUA para contribuir na luta internacional contra o EI.
Segundo o governo australiano, cerca de 60 australianos integram as fileiras do Estado Islâmico, enquanto outros 100 trabalham ativamente na Austrália para dar apoio logístico ao grupo islâmico radical e recrutar jihadistas.
A Agência Central de Inteligência dos EUA (CIA, sigla em inglês) calcula que o EI tem entre 20 e 31,5 mil combatentes em suas fileiras, entre o dobro e o triplo do que foi estimado antes do mês de maio deste ano. EFE