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Piñera demite ministro da Saúde em meio à crise sobre dados da covid-19

Chile somava até sábado 167.355 casos confirmados e 3.101 mortes pela covid-19, com a mais alta taxa de casos por 1 milhão de habitantes na América Latina

(Ivan Alvarado/Reuters)
CC

Clara Cerioni

Publicado em 13 de junho de 2020 às 16h39.

Última atualização em 14 de junho de 2020 às 15h29.

O presidente do Chile , Sebastián Piñera, demitiu neste sábado o ministro da Saúde, Jaime Mañalich, depois de duras críticas ao enfrentamento da pandemia de coronavírus no país e em maio a uma polêmica sobre os registros de mortes provocadas pela covid-19 .

Nos últimos dias, o Chile viu surgir uma série de questionamentos sobre mudanças na metodologia para registrar as vítimas fatais da doença provocada pelo novo coronavírus.

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O conservador Piñera nomeou o médico Oscar Enrique Paris como substituto no comando do Ministério da Saúde, no momento em que os contágios pelo vírus crescem de maneira sustentada no Chile.

“Você assume a liderança do Ministério da Saúde em tempos muito difíceis e de muitas adversidades. Sua primeira missão será liderar a luta contra o coronavírus”, disse o presidente, na posse de Paris.

Piñera, além disso, agradeceu ao “compromisso e entrega total” de Mañalich, que era criticado também pelo seu temperamento e alguns comentários controversos.

O Chile somava até sábado 167.355 casos confirmados e 3.101 mortes pela Covid-19, com a mais alta taxa de casos por 1 milhão de habitantes na América Latina, segundo dados compilados pela Reuters.

O site de investigação Ciper Chile disse, no sábado, que as mortes relacionadas ao coronavírus relatadas pelo governo à Organização Mundial de Saúde (OMS) são maiores do que as divulgadas em seus relatórios diários.

Paris “encara o imenso desafio de mudar profundamente a estratégia sanitária para uma de colaboração, transparência e com medidas concretas para cortar a cadeia de transmissão”, disse, no Twitter, a presidente do Colégio Médico, Izkia Siches.

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