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PIB do Japão cai 0,9% no 1o trimestre impactado por terremoto

Os desastres naturais que atingiram o país em março e a crise nuclear provocada após a tragédia pesaram fortemente sobre os gastos de capital e o consumo privado

Naoto Kan, primeiro-ministro do Japão: a contração do PIB japonês foi maior que a média prevista por economistas (Kiyoshi Ota/Getty Images)

Naoto Kan, primeiro-ministro do Japão: a contração do PIB japonês foi maior que a média prevista por economistas (Kiyoshi Ota/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2011 às 22h10.

Tóquio - A economia do Japão encolheu 0,9 por cento de janeiro a março deste ano em relação ao trimestre anterior, o segundo trimestre consecutivo de contração, informou o gabinete do governo na quinta-feira (horário local).

O terremoto seguido de tsunami que atingiu o norte do país em março e a crise nuclear provocada após a tragédia pesaram fortemente sobre os gastos de capital e o consumo privado.

A contração consecutiva do Produto Interno Bruto (PIB) japonês foi maior que a média prevista por economistas consultados pela Reuters, de uma queda de 0,5 por cento.

O número traduz uma contração anualizada de 3,7 por cento, muito pior do que a média prevista por economistas, de uma contração de 2 por cento, e comparado ao crescimento anualizado de 1,8 por cento registrado nos Estados Unidos no mesmo trimestre.

O consumo privado, que responde por cerca de 60 por cento da economia, caiu 0,6 por cento, já que os consumidores reduziram os gastos após o devastador terremoto de 11 de março.

A demanda externa, ou as exportações líquidas, puxaram o PIB para baixo em 0,2 ponto percentual, uma vez que o fenômeno natural prejudicou as cadeias de abastecimento e evitou que os produtores japoneses exportassem suas mercadorias.

Os vazamentos de radiação da danificada usina nuclear de Fukushima, como consequência do terremoto, fizeram com que alguns países interrompessem a compra de produtos japoneses.

Muitos economistas projetam que a economia poderá piorar mais entre abril e junho devido aos efeitos da catástrofe de março, mas veem uma recuperação até o fim do ano, impulsionada pelos esforços de reconstrução e os gastos do governo.

Mas os riscos à economia persistem, já que a falta de energia no verão (a partir de junho) poderá atrasar a recuperação da produção industrial.

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