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PIB da Coreia da Norte cresce após três anos – Kim fala em 'clara recuperação'

As indústrias pesadas e químicas lideraram o crescimento econômico, expandindo 8,1%

Kim prometeu "apoiar incondicionalmente" a Rússia contra a Ucrânia (Brendan Smialowski/Getty Images)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 26 de julho de 2024 às 11h33.

Após intensificar seus laços com aRússiadepois daGuerra da Ucrânia, aCoreia do Norteregistrou um crescimento econômico de 3,1% em 2023, encerrando um período de três anos de contração no PIB e tendo seu resultado mais positivo desde 2016, segundo a Bloomberg.
O PIB chegou a 40,9 trilhões de wons (US$ 29,5 bilhões) na Coreia do Norte no ano passado, igualando 1/60 do que é na Coreia do Sul. Já o PIB per capita ficou um pouco abaixo de 1,6 milhão de wons no ano passado, chegando a um 1/30 do que entre os sul-coreanos.
Kim Jong-un disse no início deste mês que a economia da Coreia do Norte está em uma "clara recuperação", já que seu estado reivindicou um teste bem-sucedido de um novo míssil balístico tático que poderia ser enviado à Rússia em troca de ajuda para ajudar seu regime.
Esse crescimento econômico ocorre à medida que Kim Jong-un se aproxima de Moscou, ignora os apelos dos EUA para retornar às negociações de desarmamento erevoga as restrições de fronteira impostas no início da pandemia de Covid-19que interromperam o comércio para sua economia atingida por sanções.
As indústrias pesadas e químicas lideraram o crescimento econômico, expandindo 8,1% em relação ao ano anterior, disse o Banco da Coreia da Sul. Embora o relatório não tenha dito se essas indústrias se envolveram em qualquer fabricação de armas, ele observou um aumento na produção de metais primários, que podem incluir ferro, aço, cobre, níquel e alumínio. O BC de Seul analisa todo ano a economia da Coreia do Norte com base em dados coletados  de várias instituições, segundo a Bloomberg.

Guerra na Ucrânia

Após a invasão  da Ucrânia pela Rússia há mais de dois anos, os EUA e a Coreia do Sul acusaram Kim de enviar milhões de cartuchos de munição e dezenas de mísseis balísticos ao presidente Vladimir Putin para ajudar em sua guerra. Kim prometeu "apoiar incondicionalmente" a Rússia em sua invasão da Ucrânia quando recebeu Putin em Pyongyang no mês passado para a primeira visita do presidente russo à Coreia do Norte em 24 anos. A viagem aprofundou os laços em meio àspreocupações dos EUA sobre o fornecimento de armas para a máquina de guerra do Kremlin. Moscou e Pyongang negam que estejam fazendo negócios envolvendo a guerra.

Quem é Kim Jung-un, líder da Coreia do Norte

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