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Pessoas são essenciais contra mudança climática, diz Obama

O atual governo dos Estados Unidos deve decidir em breve se o país continua no Acordo Climático de Paris

Obama: "As pessoas têm a tendência de culpar os políticos quando as coisas não funcionam. Mas, como eu sempre lhes digo: 'vocês têm os políticos que merecem'" (Alessandro Garofalo/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de maio de 2017 às 16h59.

Milão - As ações das pessoas comuns, não de políticos, são essenciais no combate ao aquecimento global , disse o ex-presidente norte-americano Barack Obama nesta terça-feira.

O atual governo dos Estados Unidos deve decidir em breve se o país continua no Acordo Climático de Paris.

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Obama disse que, embora os políticos possam ajudar a direcionar as políticas climáticas, são empresários empenhados no corte do consumo de energia e de detritos ou mães que agem por se preocuparem com o futuro de seus filhos que podem fazer uma verdadeira diferença.

"A energia para causar mudanças virá do que as pessoas fazem todos os dias", disse ele durante uma conferência da indústria de alimentos em Milão.

"As pessoas têm a tendência de culpar os políticos quando as coisas não funcionam. Mas, como eu sempre lhes digo: 'vocês têm os políticos que merecem'", acrescentou, pedindo mais engajamento público na política.

Antes de tomar posse, o presidente Donald Trump prometeu retirar os EUA do acordo firmado por quase 200 países em Paris em 2015, cuja meta é limitar o aumento das temperaturas reduzindo gradualmente a queima de combustíveis fósseis.

Obama não se referiu explicitamente a Trump, mas fez seus comentários num momento em que o novo líder norte-americano está prestes a anunciar se irá descartar ou não o pacto que seu antecessor defendeu.

Obama disse à conferência que a mudança climática é um desafio "que irá definir os contornos deste século mais dramaticamente, talvez, do que qualquer outro".

Ele acrescentou que tem confiança de que os EUA irão continuar seguindo "na direção certa" quanto à mudança climática, embora o processo possa desacelerar com Trump.

"Por causa do debate atual em Washington, pode ser que as políticas andem mais lentamente, mas confio que os EUA irão continuar seguindo na direção certa", afirmou.

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