Peru investiga alcance local de corrupção na Petrobras
A procuradoria peruana investiga o possível envolvimento no Peru das empresas investigadas no escândalo de corrupção na Petrobras
Da Redação
Publicado em 23 de agosto de 2015 às 17h57.
A procuradoria peruana investiga, depois de receber informação provenientes do Brasil, o possível envolvimento no Peru das empresas investigadas no escândalo de corrupção na Petrobras , afirmou o procurador do país, Pablo Sánchez.
"Recebemos informação do Brasil e no Peru também estamos fazendo diversas indagações, mas devido ao sigilo não podemos dizer o que estamos fazendo", disse Sánchez ao jornal La República em uma entrevista divulgada neste domingo.
"Ainda não há nomes de pessoas. Quando for estabelecido ou definido quem participou de atos delitivos, aí começará uma investigação mais profunda", disse o máximo responsável do Ministério Público.
A procuradoria peruana iniciou investigações em julho após a revelação de que as empresas brasileiras envolvidas no caso de corrupção na Petrobras também foram acusadas, no âmbito da operação de investigação conhecida como "Lava Jato", de pagar subornos durante a execução de uma grande obra no Peru.
Trata-se da estrada interoceânica, que une a floresta brasileira com a costa peruana e que foi construída entre 2005 e 2011. O custo final da obra chegou a 2 bilhões de dólares, quando o orçamento inicial era de 800 milhões.
"A abertura de uma colaboração com o Ministério Público brasileiro nos permitirá ver quais fatos existem, que pessoas agiram e qual o envolvimento com alguns funcionários do Peru", disse o procurador Sánchez.
Os contatos entre as duas instituições por este caso remontam a meados de julho, quando dois procuradores peruanos viajaram ao Brasil para receber informação.
Segundo denúncias jornalísticas divulgadas em junho, relatórios policiais no Brasil afirmam que executivos da empresa brasileira Camargo Correa pagaram subornos no Peru para supervalorizar as obras da via. Os incidentes teriam ocorrido durante os governos dos presidentes Alejandro Toledo e Alan García.
Executivos desta mesma empresa foram condenados no Brasil por participar do monumental desfalque na Petrobras.
Marcelo Odebrecht, presidente da gigante construtora Odebrecht, está na prisão no Brasil sob suspeita de participar de uma rede de desvios de dinheiro em seus contratos de obras com a Petrobras.
A Odebrecht tem forte presença no Peru, e sua filial em Lima construiu parte da interoceânica. A empresa negou que tenha pago subornos durante a obra e ressaltou que o aumento dos custos ocorreu devido a pedidos de melhorias feitos pelas próprias autoridades peruanas.
A procuradoria peruana investiga, depois de receber informação provenientes do Brasil, o possível envolvimento no Peru das empresas investigadas no escândalo de corrupção na Petrobras , afirmou o procurador do país, Pablo Sánchez.
"Recebemos informação do Brasil e no Peru também estamos fazendo diversas indagações, mas devido ao sigilo não podemos dizer o que estamos fazendo", disse Sánchez ao jornal La República em uma entrevista divulgada neste domingo.
"Ainda não há nomes de pessoas. Quando for estabelecido ou definido quem participou de atos delitivos, aí começará uma investigação mais profunda", disse o máximo responsável do Ministério Público.
A procuradoria peruana iniciou investigações em julho após a revelação de que as empresas brasileiras envolvidas no caso de corrupção na Petrobras também foram acusadas, no âmbito da operação de investigação conhecida como "Lava Jato", de pagar subornos durante a execução de uma grande obra no Peru.
Trata-se da estrada interoceânica, que une a floresta brasileira com a costa peruana e que foi construída entre 2005 e 2011. O custo final da obra chegou a 2 bilhões de dólares, quando o orçamento inicial era de 800 milhões.
"A abertura de uma colaboração com o Ministério Público brasileiro nos permitirá ver quais fatos existem, que pessoas agiram e qual o envolvimento com alguns funcionários do Peru", disse o procurador Sánchez.
Os contatos entre as duas instituições por este caso remontam a meados de julho, quando dois procuradores peruanos viajaram ao Brasil para receber informação.
Segundo denúncias jornalísticas divulgadas em junho, relatórios policiais no Brasil afirmam que executivos da empresa brasileira Camargo Correa pagaram subornos no Peru para supervalorizar as obras da via. Os incidentes teriam ocorrido durante os governos dos presidentes Alejandro Toledo e Alan García.
Executivos desta mesma empresa foram condenados no Brasil por participar do monumental desfalque na Petrobras.
Marcelo Odebrecht, presidente da gigante construtora Odebrecht, está na prisão no Brasil sob suspeita de participar de uma rede de desvios de dinheiro em seus contratos de obras com a Petrobras.
A Odebrecht tem forte presença no Peru, e sua filial em Lima construiu parte da interoceânica. A empresa negou que tenha pago subornos durante a obra e ressaltou que o aumento dos custos ocorreu devido a pedidos de melhorias feitos pelas próprias autoridades peruanas.