Exame Logo

Peru declara emergência e manda Exército patrulhar vias bloqueadas

A medida foi anunciada em um decreto publicado no diário oficial El Peruan, que detalhou que "a Polícia Nacional do Peru mantém o controle da ordem interna, com o apoio das Forças Armadas" nas áreas de emergência

Peru: o governo cortou impostos sobre combustíveis e aumentou o salário-mínimo e também propôs isentar alimentos essenciais do imposto sobre vendas (Alessandro Cinque/Reuters)
R

Reuters

Publicado em 7 de abril de 2022 às 20h12.

Última atualização em 7 de abril de 2022 às 20h25.

O governo do Peru ordenou nesta quinta-feira, 7, que suas Forças Armadas supervisionem as rodovias, em meio a protestos contra o aumento dos preços dos alimentos e dos combustíveis que paralisaram o país e deixaram ao menos cinco mortos.

A medida foi anunciada em um decreto publicado no diário oficial El Peruan, que detalhou que "a Polícia Nacional do Peru mantém o controle da ordem interna, com o apoio das Forças Armadas" nas áreas de emergência. O decreto também suspende "os direitos constitucionais relativos à liberdade de trânsito em território nacional, liberdade de reunião e liberdade e segurança pessoais" na rede rodoviária.

Veja também

O país está repleto de bloqueios nas estradas há mais de uma semana. Os atos ganham força à medida que a raiva aumenta com a elevação dos custos, desencadeada com a invasão russa da Ucrânia.

O Peru está enfrentando sua maior taxa de inflação em um quarto de século. O presidente Pedro Castillo se esforçou para apresentar soluções significativas. Esta semana, ele decretou toque de recolher em Lima para tentar reprimir a dissidência. A medida, porém, foi desafiada por milhares de pessoas que tomaram as ruas em protestos que se tornaram violentos e acabou suspensa.

O governo cortou impostos sobre combustíveis e aumentou o salário mínimo e também propôs isentar alimentos essenciais do imposto sobre vendas. Castillo, que era camponês e professor antes de assumir o cargo, também está em uma situação política precária.

Seus índices de aprovação caíram para 19%, um recorde de baixa de acordo com uma pesquisa da Datum publicada nesta quinta-feira. Recentemente, ele sobreviveu a um segundo impeachment em menos de um ano no cargo.

Acompanhe tudo sobre:PeruProtestos no mundo

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame