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Peregrinos e bandeiras latino-americanas saudam novo papa

Roma, que nessa época do ano começa a receber as primeiras remessas turísticas, abrigou milhares de peregrinos e chefes de Estado e delegações de todo o mundo

Papa Francisco acena para peregrinos em sua chegada para a missa inaugural: Francisco abençoou vários bebês levantados por seus pais na multidão, fiel ao estilo pessoal que vem demonstrando. (Gabriel Bouys/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de junho de 2013 às 07h48.

Cidade do Vaticano - Milhares de peregrinos e representantes dos mais de 130 países de todo o mundo foram nesta terça-feira ao Vaticano para a missa de início de pontificado de Francisco em uma Praça de São Pedro lotada de bandeiras internacionais, principalmente latino-americanas.

Roma, que nessa época do ano começa a receber as primeiras remessas turísticas, abrigou, por causa do começo do Pontificado de Francisco, milhares de peregrinos - longe do 1 milhão que a prefeitura de Roma esperava - e chefes de Estado e delegações de todo o mundo.

Apesar de que a cerimônia estava programada para as 9h30 locais (5h30 de Brasília), o medo de ficar sem lugar fez com que a chegada de fiéis e peregrinos fosse constante desde a madrugada e, no momento em que o papa jesuíta argentino apareceu, a praça já estava lotada de pessoas que gritavam seu nome e o aplaudiam.

Ainda mais cedo chegaram os jornalistas que estão cobrindo o processo de sucessão papal há mais de um mês, desde que Bento XVI anunciou, em 11 de fevereiro, sua renúncia.

Os aplausos anunciaram Francisco e o papa pôde ser visto chegando à praça a bordo de um jipe, cumprimentando a multidão, até que com um gesto pediu que parassem o carro para poder descer.

"Desceu, desceu!", gritavam alguns membros da polícia civil italianos.


O papa saiu do veículo para se aproximar de um jovem com deficiência física erguido por seus parentes, que abraçou com grande carinho.

Francisco também abençoou vários bebês levantados por seus pais na multidão, fiel ao estilo pessoal que vem demonstrando desde que foi eleito no último dia 13.

"É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? (...) Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé", afirmou durante sua homilia.

"É claro, é direto e fala de coisas que a maioria das pessoas pensa em algum momento, por considerá-las justas", analisa Ernesto, do Equador, que chegou a Roma para "acompanhar Francisco em um dia tão importante".

Uma naturalidade e uma simplicidade que já eram seus traços em Buenos Aires, segundo contou à Efe Patricia Daste, uma das peregrinas chegadas a Roma para assistir à missa de início de pontificado.

"Ontem a presidente (argentina Cristina) Kirchner o presenteou um conjunto de mate, um chá muito típico na Argentina, portanto não estranharia vê-lo usando-o", comenta rindo com seus companheiros de viagem enquanto acrescenta que "o mate é uma bebida que se compartilha e nesse aspecto tem muito que ver com o papel que (o cardeal Jorge) Bergoglio desempenhará".

"A Igreja canta e caminha com Francisco", dizia uma das enormes bandeiras argentinas que tremulavam durante a cerimônia, um lema que, segundo Fernando, autor da homenagem, corresponde à insígnia que Francisco usava em sua época de cardeal em Buenos Aires.

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Cidade do Vaticano - Milhares de peregrinos e representantes dos mais de 130 países de todo o mundo foram nesta terça-feira ao Vaticano para a missa de início de pontificado de Francisco em uma Praça de São Pedro lotada de bandeiras internacionais, principalmente latino-americanas.

Roma, que nessa época do ano começa a receber as primeiras remessas turísticas, abrigou, por causa do começo do Pontificado de Francisco, milhares de peregrinos - longe do 1 milhão que a prefeitura de Roma esperava - e chefes de Estado e delegações de todo o mundo.

Apesar de que a cerimônia estava programada para as 9h30 locais (5h30 de Brasília), o medo de ficar sem lugar fez com que a chegada de fiéis e peregrinos fosse constante desde a madrugada e, no momento em que o papa jesuíta argentino apareceu, a praça já estava lotada de pessoas que gritavam seu nome e o aplaudiam.

Ainda mais cedo chegaram os jornalistas que estão cobrindo o processo de sucessão papal há mais de um mês, desde que Bento XVI anunciou, em 11 de fevereiro, sua renúncia.

Os aplausos anunciaram Francisco e o papa pôde ser visto chegando à praça a bordo de um jipe, cumprimentando a multidão, até que com um gesto pediu que parassem o carro para poder descer.

"Desceu, desceu!", gritavam alguns membros da polícia civil italianos.


O papa saiu do veículo para se aproximar de um jovem com deficiência física erguido por seus parentes, que abraçou com grande carinho.

Francisco também abençoou vários bebês levantados por seus pais na multidão, fiel ao estilo pessoal que vem demonstrando desde que foi eleito no último dia 13.

"É certo que Jesus Cristo deu um poder a Pedro, mas de que poder se trata? (...) Não esqueçamos jamais que o verdadeiro poder é o serviço, e que o próprio papa, para exercer o poder, deve entrar sempre mais naquele serviço que tem o seu vértice luminoso na Cruz; deve olhar para o serviço humilde, concreto, rico de fé", afirmou durante sua homilia.

"É claro, é direto e fala de coisas que a maioria das pessoas pensa em algum momento, por considerá-las justas", analisa Ernesto, do Equador, que chegou a Roma para "acompanhar Francisco em um dia tão importante".

Uma naturalidade e uma simplicidade que já eram seus traços em Buenos Aires, segundo contou à Efe Patricia Daste, uma das peregrinas chegadas a Roma para assistir à missa de início de pontificado.

"Ontem a presidente (argentina Cristina) Kirchner o presenteou um conjunto de mate, um chá muito típico na Argentina, portanto não estranharia vê-lo usando-o", comenta rindo com seus companheiros de viagem enquanto acrescenta que "o mate é uma bebida que se compartilha e nesse aspecto tem muito que ver com o papel que (o cardeal Jorge) Bergoglio desempenhará".

"A Igreja canta e caminha com Francisco", dizia uma das enormes bandeiras argentinas que tremulavam durante a cerimônia, um lema que, segundo Fernando, autor da homenagem, corresponde à insígnia que Francisco usava em sua época de cardeal em Buenos Aires.

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