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Pence diz que EUA adotarão mais medidas após eleições na Venezuela

O vice-presidente americano afirmou que os EUA são contra a ditadura no país e afirmou que o regime de Maduro deve permitir a ajuda humanitária na Venezuela

Prence: o vice presidente americano afirmou que os EUA adotarão novas medidas contra a Venezuela (Marcos Brindicci/Reuters)

Prence: o vice presidente americano afirmou que os EUA adotarão novas medidas contra a Venezuela (Marcos Brindicci/Reuters)

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EFE

Publicado em 21 de maio de 2018 às 14h52.

Washington - O vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, adiantou nesta segunda-feira que o governo de Donald Trump adotará mais medidas após as eleições presidenciais realizadas no último domingo na Venezuela, as quais classificou como "farsa".

"As eleições na Venezuela foram uma farsa. Os Estados Unidos estão contra a ditadura e com o povo da Venezuela pedindo eleições livres e justas. O presidente tomou medidas enérgicas contra a Venezuela e há mais por vir", comentou Pence na rede social Twitter.

"Os EUA não ficarão de braços cruzados enquanto a Venezuela é esmigalhada", acrescentou.

Em comunicado paralelo, Pence insistiu que o resultado eleitoral venezuelano é "ilegítimo" e "mais um golpe à orgulhosa tradição democrática da Venezuela".

"Todos os dias, milhares de venezuelanos fogem da opressão brutal e da pobreza extrema. O regime de Maduro deve permitir a ajuda humanitária na Venezuela e deve permitir que a sua gente seja escutada", reiterou o vice-presidente americano.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, ressaltou as palavras de Pence e confirmou que os EUA "tomará medidas econômicas e diplomáticas rápidas para apoiar a restauração" da democracia na Venezuela.

"Os Estados Unidos condenam as eleições fraudulentas que aconteceram na Venezuela em 20 de maio. Até que o regime de Maduro restabeleça um caminho democrático na Venezuela através de eleições livres, justas e transparentes, o governo enfrentará o isolamento da comunidade internacional", analisou Pompeo.

Além disso, o chefe da diplomacia americana considerou que o processo eleitoral deste domingo foi "coreografado por um regime impopular e que teme o próprio povo para se arriscar a eleições livres e a uma concorrência aberta".

Pompeo acusou Maduro de manipular os tribunais venezuelanos e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) com membros alinhados ao governo, além de silenciar as vozes dissidentes.

"Proibiu a participação dos principais partidos e líderes da oposição. A partir de 14 de maio, mais de 338 presos políticos permaneceram encarcerados, mais que em todos os demais países do hemisfério combinados", alertou.

O secretário de Estado americano lembrou que "o regime sufocou a imprensa livre" e disse que "o mais desprezível de tudo" é que o governo de Maduro utilizou a entrega de alimentos para "manipular os votos de venezuelanos famintos".

Segundo a CNE, Maduro obteve 6,1 milhões de votos nas eleições de domingo. Ao todo, 20,5 milhões de venezuelanos foram chamados às urnas, mas a taxa de abstenção foi de 53,98%, a mais alta em décadas.

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