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Pedidos de dispensa britânicos na 1ª Guerra são divulgados

Os pedidos de dispensa por parte de recrutas britânicos para não combater na Primeira Guerra Mundial (1914-1918) poderão ser consultados

O primeiro-ministro britânico, David Cameron: divulgação rompe com o mito do país unido para lutar no front (Kurt Desplenter/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2014 às 12h31.

Londres - Os pedidos de dispensa por parte de recrutas britânicos para não combater na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o que rompe com o mito do país unido para lutar no front, podem ser consultados a partir de quarta-feira nos Arquivos nacionais britânicos.

Os 11.307 documentos colocados à disposição na internet pertencem a um tribunal de Middlesex (sudeste), afetam 8.000 recrutas e têm valor especial porque sobreviveram à destruição ordenada após a guerra pelo governo , que queria eliminar a memória de um episódio considerado pouco glorioso.

Os de Middlesex são um dos únicos arquivos deste tipo que sobreviveram à destruição.

John Gordon Shallis foi um dos poucos que foi isento de ir ao front quando, em 1916, o governo decidiu recorrer ao recrutamento forçado.

Convocado a servir, este trabalhador alegou que havia perdido seus quatro irmãos na guerra e que sua mãe não podia sobreviver depois de ter quebrado uma perna. O presidente do tribunal considerou que a mãe tinha "direito ao conforto de ter ao seu lado seu único filho vivo". Shallis morreu em 1975.

Muito mais severos foram com Harry George Ward, que pediu para não ir à guerra "por razões de consciência baseadas em suas convicções socialistas". "Sendo socialista, você não pode ter consciência", respondeu o tribunal, integrado por juízes, parlamentares e autoridades locais.

A maioria das demandas não era de objetores de consciência, mas de pessoas que alegavam razões médicas ou familiares, e muitas receberam respostas favoráveis.

Dos 8.000 recrutas que apelaram no Tribunal de Middlesex, 26 foram isentos sem reservas. Outros 581 com condições, como, por exemplo, que conservassem o emprego, e apenas 2.831 temporariamente, em geral para que organizassem sua situação profissional.

Charles Ruben Busby, açougueiro, conseguiu escapar do alistamento até que um vizinho enviou uma carta anônima se queixando de que outros "homens casados haviam sido obrigados a fechar seu negócio e partir" ao front.

"Estes documentos oferecem uma perspectiva diferente da Primeira Guerra Mundial" que "revela o impacto da guerra no território nacional", considerou Chris Barnes, dos Arquivos Nacionais.

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Londres - Os pedidos de dispensa por parte de recrutas britânicos para não combater na Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o que rompe com o mito do país unido para lutar no front, podem ser consultados a partir de quarta-feira nos Arquivos nacionais britânicos.

Os 11.307 documentos colocados à disposição na internet pertencem a um tribunal de Middlesex (sudeste), afetam 8.000 recrutas e têm valor especial porque sobreviveram à destruição ordenada após a guerra pelo governo , que queria eliminar a memória de um episódio considerado pouco glorioso.

Os de Middlesex são um dos únicos arquivos deste tipo que sobreviveram à destruição.

John Gordon Shallis foi um dos poucos que foi isento de ir ao front quando, em 1916, o governo decidiu recorrer ao recrutamento forçado.

Convocado a servir, este trabalhador alegou que havia perdido seus quatro irmãos na guerra e que sua mãe não podia sobreviver depois de ter quebrado uma perna. O presidente do tribunal considerou que a mãe tinha "direito ao conforto de ter ao seu lado seu único filho vivo". Shallis morreu em 1975.

Muito mais severos foram com Harry George Ward, que pediu para não ir à guerra "por razões de consciência baseadas em suas convicções socialistas". "Sendo socialista, você não pode ter consciência", respondeu o tribunal, integrado por juízes, parlamentares e autoridades locais.

A maioria das demandas não era de objetores de consciência, mas de pessoas que alegavam razões médicas ou familiares, e muitas receberam respostas favoráveis.

Dos 8.000 recrutas que apelaram no Tribunal de Middlesex, 26 foram isentos sem reservas. Outros 581 com condições, como, por exemplo, que conservassem o emprego, e apenas 2.831 temporariamente, em geral para que organizassem sua situação profissional.

Charles Ruben Busby, açougueiro, conseguiu escapar do alistamento até que um vizinho enviou uma carta anônima se queixando de que outros "homens casados haviam sido obrigados a fechar seu negócio e partir" ao front.

"Estes documentos oferecem uma perspectiva diferente da Primeira Guerra Mundial" que "revela o impacto da guerra no território nacional", considerou Chris Barnes, dos Arquivos Nacionais.

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