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Partido de Uribe rejeita acordo de paz com as Farc

O movimento indicou que o fato de que governo não aceitou "modificar temas fundamentais" no 1º acordo levou partidários a "não aceitarem" o novo

Acordo de paz: em 12 de novembro foi alcançado um novo acordo e ontem o presidente Santos revelou que o Congresso da República será o encarregado de referendá-lo (John Vizcaino / Reuters)
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EFE

Publicado em 23 de novembro de 2016 às 15h34.

Bogotá - O partido político Centro Democrático, que é liderado pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe, rejeitou nesta quarta-feira o novo acordo de paz com as Farc , que será assinado amanhã no Teatro Colón de Bogotá, e afirmou que o governo nacional engana os cidadãos.

Em comunicado, o movimento indicou que o fato de que o governo não aceitou "modificar temas fundamentais para a democracia" no primeiro acordo de paz levou seus partidários a "não aceitarem" o novo pacto, no entanto reconheceu que em "outras matérias houve avanços".

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Entre os temas do texto final no qual não houve modificações, o Centro Democrático mencionou "elevar os acordos ao nível constitucional, com alcance de Bloco de Constitucionalidade; total impunidade ou penas simbólicas, que significam o mesmo, para crimes contra a humanidade, e a criação de uma justiça paralela à medida dos interesses da Farc".

O governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) assinaram em 26 de setembro em Cartagena um primeiro acordo de paz depois de quase quatro anos de negociações em Havana .

No entanto, o texto foi rejeitado pelos colombianos no referendo de 2 de outubro, o que obrigou a reabrir a negociação para incorporar propostas dos promotores do "não" nessa consulta, entre eles o ex-presidente Uribe.

Finalmente, em 12 de novembro foi alcançado um novo acordo e ontem o presidente Santos revelou que o Congresso da República será o encarregado de referendá-lo.

A julgamento do Centro Democrático, esta decisão evidencia que "o governo preferiu a imposição que divide os colombianos" e não "ao Pacto Nacional que criaria aproximações".

Além disso, acusou o governo de querer "enganar os cidadãos nos culpando porque não aprovamos seu acordo de impunidade com a Farc".

Finalmente, o partido político manifestou que os riscos de violência se devem, entre outros aspectos, "ao abandono da segurança, ao desmonte da cooperação cidadã, à desmotivação das Forças Armadas, ao crescimento desmesurado do narcotráfico e à impunidade concedida às Farc".

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