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Partido de Evo Morales acusa opositores de conspiração para dar golpe

Oposição negou e disse que o culpado pelos conflitos sociais é o governo

Evo Morales, presidente boliviano (Joel Alvarez/Wikimedia Commons)

Evo Morales, presidente boliviano (Joel Alvarez/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2012 às 16h08.

La Paz - O partido do presidente boliviano, Evo Morales, acusou neste sábado a oposição de conspiração para dar um golpe de estado durante os conflitos sociais que já duram sete semanas no país.

A oposição negou e disse que o culpado pelos distúrbios é o próprio governo, que não solucionou os conflitos sociais da Bolívia. A senadora do partido Movimento ao Socialismo (MAS), Sandra Soriano, disse à Agência Efe que sua legenda acredita que os protestos são fomentados e financiados pela oposição.

As mobilizações sociais, argumenta Sandra, são amparadas pela Constituição, mas 'o vandalismo e os ataques' às instituições do Estado não são mais uma reivindicação, 'mas buscam uma situação de desestabilização' com fins golpistas.

O líder do MAS na Câmara dos Deputados, Roberto Rojas, disse à imprensa que o objetivo dos protestos 'é fazer um ensaio' de um golpe e que os explosivos que foram detonados nesta semana nos arredores do palácio presidencial 'não são casuais'.

Rojas acrescentou que o apoio financeiro do partido opositor Movimento Sem Medo (MSM), ex-aliado de Morales, aos indígenas que se opõem a construção de uma rodovia dentro de uma unidade de conservação do país é a prova que há um 'plano golpista e de conspiração' na Bolívia.

Morales acusou várias vezes opositores, organismos sociais e os Estados Unidos de conspirarem para derrotá-lo, como por exemplo quando expulsou o embaixador americano no país, em 2008.

A Central Operária Boliviana (COB), que liderou uma greve de 72 horas, entre quarta-feira e sexta-feira, exige um aumento salarial superior a 8%, valor estimulado pelo governo, e pedem a anulação da medida que aumenta a jornada de trabalho de médicos e funcionários de hospitais.

Desde o fim de março, o país vem sofrendo com manifestações e enfrentamentos entre os opositores e a polícia.

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