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Parlamento não poderá impedir saída da UE, diz ministro do Brexit

Opositores do Brexit estão explorando maneiras de deter o que classificam como o maior erro do país desde a Segunda Guerra

Brexit: Parlamento não conseguirá impedir o Brexit usando uma votação sobre o acordo final negociado com o bloco, esperada para o final deste ano, disse o ministro David Davis (CharlieAJA/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 6 de março de 2018 às 18h18.

Londres - O Parlamento do Reino Unido não conseguirá impedir o Brexit , como é chamada a separação britânica da União Europeia , usando uma votação sobre o acordo final negociado com o bloco, esperada para o final deste ano, para reverter o resultado do referendo de 2016, disse o ministro do Brexit, David Davis, nesta terça-feira.

Faltando pouco mais de um ano para o Reino Unido deixar a UE, opositores do Brexit estão explorando maneiras de deter o que classificam como o maior erro do país desde a Segunda Guerra Mundial.

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Eles identificaram a conquista de apoio na Câmara dos Comuns, a câmara baixa do Parlamento, para impedir qualquer possível acordo que o governo traga de Bruxelas como sua melhor chance de anular o Brexit.

Mas Davis disse a um comitê parlamentar: "Não vejo uma votação significativa revertendo o referendo, se é isso que vocês querem dizer".

Os defensores britânicos da UE dizem que uma derrota no Parlamento poderia desencadear uma crise política, derrubar a primeira-ministra, Theresa May, levar a uma eleição geral e a um segundo referendo.

Na semana passada o ex-premiê britânico John Major disse que a votação na legislatura tem tamanha importância nacional que os políticos deveriam votar de acordo com suas consciências, e não com seus partidos, e que uma derrota poderia dar ensejo a uma segunda votação sobre a filiação à UE.

Davis também disse que Londres não deixará de se preparar para um Brexit sem acordo, mesmo que um pacto a respeito de um período de transição seja acertado com o bloco no final deste mês.

"É sempre possível, é altamente improvável, mas sempre possível, que o acordo desmorone no final devido a uma razão totalmente imprevisível. Um governo responsável tem que estar preparado para este desfecho", disse.

 

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