Parlamentares colombianos se reunirão com as Farc em Cuba
O objetivo é acompanhar o andamento do processo, além de tratar de temas sensíveis como a participação política das Farc, após o término do conflito, e a reparação das vítimas
Da Redação
Publicado em 4 de março de 2013 às 13h12.
Bogotá - Seis parlamentares da Colômbia viajaram a Havana, Cuba, ontem (3), para se reunirem com os negociadores de paz das Forças Armada Revolucionárias da Colômbia (Farc) . O objetivo é acompanhar o andamento do processo, além de tratar de temas sensíveis como a participação política das Farc, após o término do conflito, e a reparação das vítimas.
Em comunicado, o governo colombiano explicou que a delegação é composta pelo presidente do Senado, Roy Barreras, e por membros da Comissão de Paz do Congresso. “A delegação terá dois dias de reuniões em Havana, para discutir a visão do Congresso sobre as vítimas do conflito e para avaliar como está o processo para terminar o conflito armado e construir uma paz estável e duradoura”, diz o texto.
De acordo com o comunicado, emitido pela Presidência da República do país, a delegação teve autorização do governo de Juan Manuel Santos para ir a Cuba.
Analistas colombianos e a imprensa do país apontam que a viagem servirá para que os parlamentares conversem com representantes das Farc sobre a participação de ex-guerrilheiros na vida política do país, após firmado um acordo de paz.
A possibilidade de que as Farc possam formar um partido político e de que seus integrantes tornem-se elegíveis é um dos temas que encontra a maior resistência entre os representantes políticos da direita no país e em parte da opinião pública.
Em sua conta no Twitter, o ex-presidente Álvaro Uribe, uma das vozes mais críticas ao processo de paz no país, fez várias observações contrárias à participação da guerrilha, após selada a paz no país. "Elegibilidade de terroristas, que democracia discute com terroristas garantias à oposição política?", questionou Uribe.
Mesmo com as críticas, o presidente Santos já afirmou que, após um acordo de paz, as Farc “poderiam fazer política”. O chefe dos negociadores do governo na mesa de diálogos, Humberto de la Calle, também tem chamado a atenção para isso. Em diversas entrevistas, La Calle declarou que “se as Farc querem fazer política, elas devem concluir o processo de paz e ganhar eleições”.
Do lado da guerrilha, o discurso ratifica o interesse pela participação política. Em recente entrevista à revista colombiana Semana, o número 2 das Farc e chefe da delegação do grupo em Havana, Iván Márquez, disse que gostaria “de fazer política de maneira aberta e legal”.
Bogotá - Seis parlamentares da Colômbia viajaram a Havana, Cuba, ontem (3), para se reunirem com os negociadores de paz das Forças Armada Revolucionárias da Colômbia (Farc) . O objetivo é acompanhar o andamento do processo, além de tratar de temas sensíveis como a participação política das Farc, após o término do conflito, e a reparação das vítimas.
Em comunicado, o governo colombiano explicou que a delegação é composta pelo presidente do Senado, Roy Barreras, e por membros da Comissão de Paz do Congresso. “A delegação terá dois dias de reuniões em Havana, para discutir a visão do Congresso sobre as vítimas do conflito e para avaliar como está o processo para terminar o conflito armado e construir uma paz estável e duradoura”, diz o texto.
De acordo com o comunicado, emitido pela Presidência da República do país, a delegação teve autorização do governo de Juan Manuel Santos para ir a Cuba.
Analistas colombianos e a imprensa do país apontam que a viagem servirá para que os parlamentares conversem com representantes das Farc sobre a participação de ex-guerrilheiros na vida política do país, após firmado um acordo de paz.
A possibilidade de que as Farc possam formar um partido político e de que seus integrantes tornem-se elegíveis é um dos temas que encontra a maior resistência entre os representantes políticos da direita no país e em parte da opinião pública.
Em sua conta no Twitter, o ex-presidente Álvaro Uribe, uma das vozes mais críticas ao processo de paz no país, fez várias observações contrárias à participação da guerrilha, após selada a paz no país. "Elegibilidade de terroristas, que democracia discute com terroristas garantias à oposição política?", questionou Uribe.
Mesmo com as críticas, o presidente Santos já afirmou que, após um acordo de paz, as Farc “poderiam fazer política”. O chefe dos negociadores do governo na mesa de diálogos, Humberto de la Calle, também tem chamado a atenção para isso. Em diversas entrevistas, La Calle declarou que “se as Farc querem fazer política, elas devem concluir o processo de paz e ganhar eleições”.
Do lado da guerrilha, o discurso ratifica o interesse pela participação política. Em recente entrevista à revista colombiana Semana, o número 2 das Farc e chefe da delegação do grupo em Havana, Iván Márquez, disse que gostaria “de fazer política de maneira aberta e legal”.