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Paris expõe manuscritos do Iraque salvos da destruição do EI

Entre os manuscritos de poetas árabes, tratados de Medicina, ou evangelhos expostos, está um corão de Bagdá do final do século XII

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 09h11.

Paris - A sede dos Arquivos Nacionais franceses em Paris vai expor, até 24 de agosto, uma seleção de manuscritos iraquianos e algumas cópias de manuscritos de Mossul, salvos no verão passado das destruições culturais do grupo Estado Islâmico ( EI ) no Iraque .

A exposição "Mesopotâmia, cruzamento de culturas", que reúne algumas peças pouco frequentes escritas em siríaco, aramaico, ou árabe, percorre a história das missões de monges dominicanos nesse território considerado "um dos lugares mais antigos do mundo cristão", afirmou o curador Jacques Charles-Gaffiot.

Entre os manuscritos de poetas árabes, tratados de Medicina, ou evangelhos expostos, está um corão de Bagdá do final do século XII, provavelmente anotado pelo dominicano Riccoldo da Monte Croce (1243-1320).

A segunda parte da exposição é dedicada a sete cópias de grande qualidade de manuscritos procedentes da biblioteca dominicana de Mossul. A instalação foi transferida de urgência no verão passado, após a tomada desta cidade iraquiana pelas tropas do Estado Islâmico (EI) e pelo êxodo em massa da população cristão para Erbil, na região autônoma do Curdistão iraquiano.

"Esses manuscritos se encontram em um lugar seguro, escondidos em alguma parte do Curdistão", afirmou Najeeb, um monge iraquiano que os protegeu e transportou.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os jihadistas destruíram voluntariamente grande parte dos tesouros culturais pré-islâmicos, assim como santuários cristãos, judeus, ou muçulmanos no Iraque, ao considerá-los hereges.

Durante o ataque dos jihadistas contra Qaraqosh, a grande cidade cristã do Iraque, em 7 de agosto de 2014, mais de 1.500 manuscritos foram destruídos, disse à AFP o patriarca caldeu Luis Rafael I Sako.

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A exposição "Mesopotâmia, cruzamento de culturas", que reúne algumas peças pouco frequentes escritas em siríaco, aramaico, ou árabe, percorre a história das missões de monges dominicanos nesse território considerado "um dos lugares mais antigos do mundo cristão", afirmou o curador Jacques Charles-Gaffiot.

Entre os manuscritos de poetas árabes, tratados de Medicina, ou evangelhos expostos, está um corão de Bagdá do final do século XII, provavelmente anotado pelo dominicano Riccoldo da Monte Croce (1243-1320).

A segunda parte da exposição é dedicada a sete cópias de grande qualidade de manuscritos procedentes da biblioteca dominicana de Mossul. A instalação foi transferida de urgência no verão passado, após a tomada desta cidade iraquiana pelas tropas do Estado Islâmico (EI) e pelo êxodo em massa da população cristão para Erbil, na região autônoma do Curdistão iraquiano.

"Esses manuscritos se encontram em um lugar seguro, escondidos em alguma parte do Curdistão", afirmou Najeeb, um monge iraquiano que os protegeu e transportou.

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco), os jihadistas destruíram voluntariamente grande parte dos tesouros culturais pré-islâmicos, assim como santuários cristãos, judeus, ou muçulmanos no Iraque, ao considerá-los hereges.

Durante o ataque dos jihadistas contra Qaraqosh, a grande cidade cristã do Iraque, em 7 de agosto de 2014, mais de 1.500 manuscritos foram destruídos, disse à AFP o patriarca caldeu Luis Rafael I Sako.

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