Paris e Londres convocam embaixadores de Israel
Os diplomatas querem protestar contra o projeto de novos assentamentos israelenses na Cisjordânia
Da Redação
Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 12h12.
Paris - Paris e Londres convocaram nesta segunda-feira os embaixadores de Israel para protestar contra o projeto de novos assentamentos em colônias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, mas não confirmaram se pretendem chamar seus embaixadores em Israel de volta, o que seria um fato inédito.
Yossi Gal e Daniel Taub, embaixadores israelenses na França e na Grã-Bretanha respectivamente, foram convocados nesta segunda-feira para ouvir "o descontentamento" de Paris e as "preocupações" de Londres sobre a ampliação das colônias judias.
As duas capitais europeias falaram dos "obstáculos" provocados por tal projeto para a tentativa de encontrar uma solução para o conflito israelense-palestino .
Israel anunciou na sexta-feira a intenção de construir 3.000 casas adicionais em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, especialmente na zona chamada de E1, particularmente problemática. Situada entre Jerusalém e a colônia de Maaleh Adounim, onde Israel tinha se comprometido com os Estados Unidos a não construir, esta zona, se assentada, unificaria Maaleh Adounim ao bairro de colonização de Jerusalém, cortando a Cisjordânia em dois e comprometendo a viabilidade de um futuro Estado palestino.
A decisão provocou críticas internacionais, inclusive de Washington, que acredita que isso "atrasará a paz" com os palestinos.
Israel anunciou o projeto de construção no dia seguinte ao voto da Assembleia Geral da ONU que deu à Palestina o status de Estado observador não-membro da Nações Unidas, uma resolução apoiada pela França e pela qual a Grã-Bretanha se absteve a votar.
Como represália à resolução, Israel também anunciou no domingo o bloqueio temporário da transferência de 460 milhões de shekels (cerca de 92 milhões de euros) para a Autoridade Palestina de impostos coletados pelo Estado hebraico.
Para Londres, as novas construções anunciadas "dificultam mais ainda o encontro de uma solução baseada em dois Estados tendo Jerusalém como capital dividida".
"Se for confirmada, esta decisão (de construção) seria grave. Ela constituiria um obstáculo sério para uma solução de dois Estados, apresentando obstáculos à soberania territorial de um futuro Estado palestino", declarou no sábado o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius.
França e Grã-Bretanha ainda não confirmaram se pretendem chamar seus embaixadores em Israel de volta ao seus países, o que constituiria um precedente nas relações diplomáticas com o Estado hebraico.
"Existem outros meios de mostrar nosso descontentamento", declarou o porta-voz adjunto do Quai d'Orsay, Vincent Floreani.
"Qualquer decisão sobre eventuais medidas tomadas pelo Reino Unido dependerá das discussões com o governo israelense e com nossos parceiros internacionais como os Estados Unidos e a União Europeia", indicou o Foreign Office.
De acordo com o jornal israelense de esquerda Haaretz, Paris e Londres consideram chamar seus embaixadores em Israel de volta para serem consultados.
"Desta vez, não será uma simples bronca. Verdadeiras medidas serão tomadas contra Israel", disse um diplomata europeu ao Haaretz.
Procurado pela AFP, um porta-voz do ministério de Relações Exteriores de Israel confirmou que a França, a Grã-Bretanha e a UE protestaram ao diretor geral do ministério, Rafi Barak.
Paris - Paris e Londres convocaram nesta segunda-feira os embaixadores de Israel para protestar contra o projeto de novos assentamentos em colônias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, mas não confirmaram se pretendem chamar seus embaixadores em Israel de volta, o que seria um fato inédito.
Yossi Gal e Daniel Taub, embaixadores israelenses na França e na Grã-Bretanha respectivamente, foram convocados nesta segunda-feira para ouvir "o descontentamento" de Paris e as "preocupações" de Londres sobre a ampliação das colônias judias.
As duas capitais europeias falaram dos "obstáculos" provocados por tal projeto para a tentativa de encontrar uma solução para o conflito israelense-palestino .
Israel anunciou na sexta-feira a intenção de construir 3.000 casas adicionais em Jerusalém Oriental e na Cisjordânia, especialmente na zona chamada de E1, particularmente problemática. Situada entre Jerusalém e a colônia de Maaleh Adounim, onde Israel tinha se comprometido com os Estados Unidos a não construir, esta zona, se assentada, unificaria Maaleh Adounim ao bairro de colonização de Jerusalém, cortando a Cisjordânia em dois e comprometendo a viabilidade de um futuro Estado palestino.
A decisão provocou críticas internacionais, inclusive de Washington, que acredita que isso "atrasará a paz" com os palestinos.
Israel anunciou o projeto de construção no dia seguinte ao voto da Assembleia Geral da ONU que deu à Palestina o status de Estado observador não-membro da Nações Unidas, uma resolução apoiada pela França e pela qual a Grã-Bretanha se absteve a votar.
Como represália à resolução, Israel também anunciou no domingo o bloqueio temporário da transferência de 460 milhões de shekels (cerca de 92 milhões de euros) para a Autoridade Palestina de impostos coletados pelo Estado hebraico.
Para Londres, as novas construções anunciadas "dificultam mais ainda o encontro de uma solução baseada em dois Estados tendo Jerusalém como capital dividida".
"Se for confirmada, esta decisão (de construção) seria grave. Ela constituiria um obstáculo sério para uma solução de dois Estados, apresentando obstáculos à soberania territorial de um futuro Estado palestino", declarou no sábado o chefe da diplomacia francesa, Laurent Fabius.
França e Grã-Bretanha ainda não confirmaram se pretendem chamar seus embaixadores em Israel de volta ao seus países, o que constituiria um precedente nas relações diplomáticas com o Estado hebraico.
"Existem outros meios de mostrar nosso descontentamento", declarou o porta-voz adjunto do Quai d'Orsay, Vincent Floreani.
"Qualquer decisão sobre eventuais medidas tomadas pelo Reino Unido dependerá das discussões com o governo israelense e com nossos parceiros internacionais como os Estados Unidos e a União Europeia", indicou o Foreign Office.
De acordo com o jornal israelense de esquerda Haaretz, Paris e Londres consideram chamar seus embaixadores em Israel de volta para serem consultados.
"Desta vez, não será uma simples bronca. Verdadeiras medidas serão tomadas contra Israel", disse um diplomata europeu ao Haaretz.
Procurado pela AFP, um porta-voz do ministério de Relações Exteriores de Israel confirmou que a França, a Grã-Bretanha e a UE protestaram ao diretor geral do ministério, Rafi Barak.