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"Parem com essa farsa", diz Obama ao Congresso

Presidente desafiou os republicanos a "parar com essa farsa" e permitir um voto direto no projeto sobre o financiamento público

Placa anunciando o fechamento de parques nacionais por conta da paralisação do governo em frente ao Capitólio, Washington (Kevin Lamarque/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2013 às 20h17.

Washington - Ao entrar no terceiro dia nesta quinta-feira, a paralisação do governo dos Estados Unidos provoca preocupação com o risco de consequências maiores, e o presidente Barack Obama desafiou os republicanos a "parar com essa farsa" e permitir um voto direto no projeto sobre o financiamento público.

As duas partes permanecem firmes em suas posições no impasse, desencadeado pelas ações dos republicanos para barrar as reformas de Obama no setor de saúde, chamadas de "Obamacare".

Cresce o temor de que a crise vá se juntar com uma disputa mais complexa prevista para o fim do mês sobre a elevação do teto do endividamento do governo federal, e que isso possa impedir quaisquer tentativas de encerrar a paralisação antes de meados de outubro.

Obama disse haver número suficiente de republicanos dispostos a aprovar imediatamente a legislação sobre gastos se o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, permitir a votação da lei de financiamento sem vinculá-la a condições de cunho partidário. Mas Obama afirmou que Boehner se recusa a fazer isso porque "ele não quer irritar os extremistas de seu partido".

"Minha mensagem simples hoje é: 'marque a votação'", disse Obama em um discurso em uma construtora no Estado de Maryland. "Coloque em votação. Parem com essa farsa, e encerre esta paralisação imediatamente." Obama alertou que por mais dolorosa que seja a paralisação do governo, um calote causado pelo fracasso em elevar o limite do endividamento seria muito pior para a economia como um todo.

O porta-voz de Boehner disse que o presidente da Câmara sempre "disse que os Estados Unidos não vão deixar de honrar os seus débitos".

"Ele também sempre disse que não há na Câmara votos para aprovar uma lei 'completa' sobre o limite de endividamento. É por isso que precisamos de uma lei com cortes e reformas", declarou o porta-voz.

Embora alguns republicanos moderados tenham começado a questionar a estratégia de seu partido, até o momento Boehner tem mantido a bancada amplamente unida em torno de um plano que propõe uma série de pequenas leis para a reabertura de partes seletivas do governo mais afetadas pela paralisação. Os democratas rejeitaram essa abordagem fragmentada.

O Tea Party Express, um dos grupos que combatem impostos dentro do grupo conservador Tea Party --a ala mais radical do Partido Republicano-- enviou na quarta-feira um email a seus partidários dizendo que pelo menos 12 republicanos indicaram estar dispostos a ceder e se unirem aos democratas na votação de uma lei de custeio do governo sem a imposição de condições.

Eles pediram que os eleitores pressionassem os "republicanos fracos" a evitar a aprovação do plano de saúde de Obama e a concessão de recursos para o governo federal.

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Washington - Ao entrar no terceiro dia nesta quinta-feira, a paralisação do governo dos Estados Unidos provoca preocupação com o risco de consequências maiores, e o presidente Barack Obama desafiou os republicanos a "parar com essa farsa" e permitir um voto direto no projeto sobre o financiamento público.

As duas partes permanecem firmes em suas posições no impasse, desencadeado pelas ações dos republicanos para barrar as reformas de Obama no setor de saúde, chamadas de "Obamacare".

Cresce o temor de que a crise vá se juntar com uma disputa mais complexa prevista para o fim do mês sobre a elevação do teto do endividamento do governo federal, e que isso possa impedir quaisquer tentativas de encerrar a paralisação antes de meados de outubro.

Obama disse haver número suficiente de republicanos dispostos a aprovar imediatamente a legislação sobre gastos se o presidente da Câmara dos Deputados, o republicano John Boehner, permitir a votação da lei de financiamento sem vinculá-la a condições de cunho partidário. Mas Obama afirmou que Boehner se recusa a fazer isso porque "ele não quer irritar os extremistas de seu partido".

"Minha mensagem simples hoje é: 'marque a votação'", disse Obama em um discurso em uma construtora no Estado de Maryland. "Coloque em votação. Parem com essa farsa, e encerre esta paralisação imediatamente." Obama alertou que por mais dolorosa que seja a paralisação do governo, um calote causado pelo fracasso em elevar o limite do endividamento seria muito pior para a economia como um todo.

O porta-voz de Boehner disse que o presidente da Câmara sempre "disse que os Estados Unidos não vão deixar de honrar os seus débitos".

"Ele também sempre disse que não há na Câmara votos para aprovar uma lei 'completa' sobre o limite de endividamento. É por isso que precisamos de uma lei com cortes e reformas", declarou o porta-voz.

Embora alguns republicanos moderados tenham começado a questionar a estratégia de seu partido, até o momento Boehner tem mantido a bancada amplamente unida em torno de um plano que propõe uma série de pequenas leis para a reabertura de partes seletivas do governo mais afetadas pela paralisação. Os democratas rejeitaram essa abordagem fragmentada.

O Tea Party Express, um dos grupos que combatem impostos dentro do grupo conservador Tea Party --a ala mais radical do Partido Republicano-- enviou na quarta-feira um email a seus partidários dizendo que pelo menos 12 republicanos indicaram estar dispostos a ceder e se unirem aos democratas na votação de uma lei de custeio do governo sem a imposição de condições.

Eles pediram que os eleitores pressionassem os "republicanos fracos" a evitar a aprovação do plano de saúde de Obama e a concessão de recursos para o governo federal.

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