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Paquistão impede que dono da Bhoja Air deixe o país

Companhia é dona do avião que caiu perto do aeroporto de Islamabad nesta sexta-feira; acidente matou as 127 pessoas a bordo

Fortes chuvas e ventos atingiam partes da capital no momento do acidente (©AFP / Aamir Qureshi)
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Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2012 às 16h43.

Islamabad - O Paquistão impediu que o dono da companhia aérea cujo avião caiu perto da capital deixasse o país neste sábado, prometendo investigar a tragédia que reacendeu os temores sobre a segurança da aviação em uma nação entristecida por enormes problemas econômicos.

O jato de passageiros da Bhoja Air caiu nesta sexta-feira quando tentava aterrissar durante uma tempestade de raios no principal aeroporto de Islamabad, matando todas as 127 pessoas a bordo. O segundo maior desastre aéreo próximo da capital em menos de dois anos desencadeou uma série de críticas ao governo, que já enfrentava questionamentos por ter concedido uma licença à pequena companhia aérea no mês passado.

Em entrevista após visitar o local do acidente, o ministro do Interior, Rehman Malik, afirmou que o dono da companhia, Farooq Bhoja, foi colocado na lista de controle de saída, o que o impede de sair do país. Malik disse que Bhoja está em custódia protegida e que uma investigação criminal foi iniciada, o que pressupõe que o processo correrá em paralelo à investigação que está sendo feita por autoridades da Agência de Aviação Civil Paquistanesa (PCAA, na sigla em inglês).

Nadeem Yousufzai, o chefe da agência de aviação, recomendou que a população não especulasse sobre as causas do acidente antes que as evidências fossem reunidas. Ele relatou que ouviu a conversa gravada entre o piloto e a torre de comando e disse que o piloto estava bem-humorado. Yousufzai declarou que as condições climáticas eram ruins, mas observou que um outro avião aterrissou com segurança no aeroporto cinco minutos após o acidente.

Ele negou a existência de "pressões políticas" na concessão da licença para a Bhoja Air, uma das três únicas empresas privadas de aviação do Paquistão. A companhia recebeu sua permissão há pouco tempo e começou a operar os voos no mês passado, após ter perdido as autorizações em 2001 em virtude de dificuldades financeiras.

Um representante da Bhoja Air negou-se a comentar o impedimento para que Farooq Bhoja saísse do país e afirmou que a companhia discutiria o assunto após a conclusão das investigações.

O ministro do Interior aparentemente respaldou as teorias ventiladas pela imprensa sobre a possibilidade de a idade da aeronave ter sido um dos fatores do acidente, afirmando que parecia que a companhia aérea tinha adquirido uma aeronave muito antiga. De acordo com o site http://www.airfleets.net, o jato da Bhoja tinha 32 anos de uso e já havia sido utilizado pela British Airways na África do Sul.

O acidente evidencia os problemas da indústria de aviação aérea no Paquistão, fruto de falhas no gerenciamento da Agência de Aviação Civil. Além disso, o setor é marcado por casos de corrupção e nepotismo na companhia área estatal. Em 2007, a União Europeia proibiu a maioria dos voos da companhia estatal nos principais aeroportos da região durante seis meses em razão de apreensões com questões de segurança. As informações são da Associated Press.

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Islamabad - O Paquistão impediu que o dono da companhia aérea cujo avião caiu perto da capital deixasse o país neste sábado, prometendo investigar a tragédia que reacendeu os temores sobre a segurança da aviação em uma nação entristecida por enormes problemas econômicos.

O jato de passageiros da Bhoja Air caiu nesta sexta-feira quando tentava aterrissar durante uma tempestade de raios no principal aeroporto de Islamabad, matando todas as 127 pessoas a bordo. O segundo maior desastre aéreo próximo da capital em menos de dois anos desencadeou uma série de críticas ao governo, que já enfrentava questionamentos por ter concedido uma licença à pequena companhia aérea no mês passado.

Em entrevista após visitar o local do acidente, o ministro do Interior, Rehman Malik, afirmou que o dono da companhia, Farooq Bhoja, foi colocado na lista de controle de saída, o que o impede de sair do país. Malik disse que Bhoja está em custódia protegida e que uma investigação criminal foi iniciada, o que pressupõe que o processo correrá em paralelo à investigação que está sendo feita por autoridades da Agência de Aviação Civil Paquistanesa (PCAA, na sigla em inglês).

Nadeem Yousufzai, o chefe da agência de aviação, recomendou que a população não especulasse sobre as causas do acidente antes que as evidências fossem reunidas. Ele relatou que ouviu a conversa gravada entre o piloto e a torre de comando e disse que o piloto estava bem-humorado. Yousufzai declarou que as condições climáticas eram ruins, mas observou que um outro avião aterrissou com segurança no aeroporto cinco minutos após o acidente.

Ele negou a existência de "pressões políticas" na concessão da licença para a Bhoja Air, uma das três únicas empresas privadas de aviação do Paquistão. A companhia recebeu sua permissão há pouco tempo e começou a operar os voos no mês passado, após ter perdido as autorizações em 2001 em virtude de dificuldades financeiras.

Um representante da Bhoja Air negou-se a comentar o impedimento para que Farooq Bhoja saísse do país e afirmou que a companhia discutiria o assunto após a conclusão das investigações.

O ministro do Interior aparentemente respaldou as teorias ventiladas pela imprensa sobre a possibilidade de a idade da aeronave ter sido um dos fatores do acidente, afirmando que parecia que a companhia aérea tinha adquirido uma aeronave muito antiga. De acordo com o site http://www.airfleets.net, o jato da Bhoja tinha 32 anos de uso e já havia sido utilizado pela British Airways na África do Sul.

O acidente evidencia os problemas da indústria de aviação aérea no Paquistão, fruto de falhas no gerenciamento da Agência de Aviação Civil. Além disso, o setor é marcado por casos de corrupção e nepotismo na companhia área estatal. Em 2007, a União Europeia proibiu a maioria dos voos da companhia estatal nos principais aeroportos da região durante seis meses em razão de apreensões com questões de segurança. As informações são da Associated Press.

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