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Papel do Hezbollah é uma ameaça ao Líbano, diz secretário dos EUA

Rex Tillerson alertou o país sobre arsenal e o envolvimento crescentes do grupo Hezbollah em conflitos regionais

U.S. Secretary of State Rex Tillerson is seen at the presidential palace in Baabda, Lebanon February 15, 2018. REUTERS/Mohamed Azakir (Mohamed Azakir/Reuters)
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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 18h41.

Beirute - O secretário de Estado norte-americano , Rex Tillerson, alertou o Líbano nesta quinta-feira que o arsenal e o envolvimento crescentes do grupo Hezbollah em conflitos regionais ameaçam a segurança libanesa.

Falando ao lado do primeiro-ministro libanês, Saad al-Hariri, durante uma coletiva de imprensa em Beirute, Tillerson também disse que os Estados Unidos estão se engajando com o Líbano e Israel para fazer com que suas fronteiras continuem calmas.

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Israel vê o Hezbollah, que tem apoio do Irã, como a maior ameaça direta às suas divisas e atacou o grupo diversas vezes na Síria, onde este luta ao lado do presidente Bashar al-Assad em uma guerra civil agora entrando em seu oitavo ano.

O governo do presidente dos EUA, Donald Trump, adotou uma postura dura com o Irã e sancionou várias pessoas e entidades associadas ao Hezbollah nas últimas semanas, parte de um esforço para aumentar a pressão sobre Teerã.

O movimento xiita fortemente armado é parte do governo de coalizão libanês, liderado pelo sunita Hariri, em um sistema político complexo que promove a divisão do poder entre seitas.

"O Hezbollah não é uma preocupação só dos Estados Unidos. O povo do Líbano também deveria estar preocupado sobre como as ações do Hezbollah e seu arsenal crescente trazem um escrutínio indesejado e nada útil ao Líbano", argumentou Tillerson.

"O enredamento do Hezbollah em conflitos regionais ameaça a segurança do Líbano".

O grupo sempre rejeitou qualquer exigência de deposição das armas, que diz precisar para defender seu país de Israel, e já disse que seu papel na Síria é necessário para impedir que qualquer militante sunita ameace o Líbano. Em janeiro o Hezbollah disse acreditar que a guerra síria terminará em um ou dois anos.

A visita de Tillerson, a primeira de um secretário de Estado norte-americano ao Líbano desde 2014, começou com um constrangimento, já que ele esperou vários minutos para um encontro com o presidente Michel Aoun, um aliado do Hezbollah, no Palácio Baabd.

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